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Jovem entendendo o que é renda fixa antes de investir.

Renda fixa: um guia definitivo para começar a investir!

Tempo de leitura: 7 minutos

Índice

Renda fixa é apenas uma das modalidades de investimento disponíveis no mercado. Termos como CDB, RDB, LCI, LCA e debêntures circulam facilmente entre investidores. No entanto, pessoas sem muita intimidade com o segmento financeiro podem ter dúvidas a respeito do assunto.

Se esse é o seu caso, prepare-se para entender tudo sobre renda fixa neste guia definitivo. Continue a leitura e saiba como investir seu dinheiro com segurança e autonomia!

O que é renda fixa?

Renda fixa é um tipo de investimento no qual o investidor empresta seu dinheiro para instituições financeiras, bancos ou o governo em troca de uma remuneração predefinida, composta por juros e prazos determinados.

Como as regras de rendimento são predefinidas, o investidor tem conhecimento antecipado do prazo da aplicação e da taxa de rendimento. Esse tipo de investimento também permite determinar o índice utilizado para valorizar o dinheiro.

Por ter parâmetros fixos, essa forma de aplicação tem rendimento mais previsível do que a renda variável. Por isso, a renda fixa é indicada para pessoas com perfil de investidor conservador.

Como funcionam os rendimentos da renda fixa?

Nos investimentos em renda fixa, o cálculo da remuneração não é uma incógnita. Ao contrário, ele é previamente definido e o investidor o conhece desde o momento da aplicação.

Funciona da seguinte maneira: quem compra um título de renda fixa “empresta” dinheiro para alguém. Em contrapartida, ele espera receber de volta o valor aplicado mais adiante, com o acréscimo de juros. Eles representam a remuneração paga pelo período em que o montante ficou emprestado.

Por se tratar de renda fixa, as condições para efetuar a transação (taxas, prazos, índices de referência e demais detalhes) passam pela concordância das partes, desde o princípio. Nessa relação financeira, quem toma o dinheiro emprestado são bancos, instituições financeiras e o próprio governo.

Esses agentes cedem dinheiro temporariamente, pois necessitam captar recursos para financiar projetos e continuar atuando. O dinheiro também serve para o pagamento de dívidas ou para o desenvolvimento de áreas específicas. Exemplos são o setor imobiliário ou o agronegócio.

Na prática, investir em renda fixa é emprestar dinheiro para essas instituições. Após financiar suas atividades, esses agentes devolvem o dinheiro do investidor, acrescido de uma taxa de juros.

É importante destacar que a renda fixa não é garantia de ausência de volatilidade, mas sim de retorno, no final do prazo do ativo. Afinal, esse tipo de investimento também está sujeito aos riscos do mercado financeiro, pois há uma marcação, em que há a possibilidade do investidor desfazer o título antes do vencimento e, assim, gerar uma variação. Por isso, em determinadas situações, o valor de um papel pode variar tanto quanto o de uma ação.

Lembrando que, no glossário das finanças, “papel” se refere a um ativo financeiro ou ação de uma determinada empresa.

Então, em resumo, temos:

  • de um lado o investidor, do outro o emissor do título;
  • o investidor faz um investimento (R$) no emissor do título, ou seja, em empresas como os bancos, as instituições financeiras, o governo, entre outros;
  • o emissor entrega um título ao investidor ou o investidor pode revender um título ao emissor;
  • o investidor recebe o investimento mais o acréscimo (R$) como retorno.

Investir em títulos de renda fixa é uma possibilidade de ganhar dinheiro e, simultaneamente, o investidor contribui para o crescimento de instituições e setores vitais para a economia

Qual é a diferença entre renda fixa e variável?

Considere que o investimento em renda fixa tem rentabilidade previsível e moderada, se carregado até o vencimento, e é indicado para os perfis mais conservadores que não querem correr riscos e precisam ter segurança em suas aplicações.

Por outro lado, na renda variável não é possível prever o retorno investido e muitas vezes os ganhos são maiores. No entanto, é uma modalidade de risco e os parâmetros do investidor são as previsões de mercado sinalizadas por instituições financeiras ou especialistas.

Vantagens de investir em renda fixa

Em geral, por ser mais segura, a renda fixa é a opção preferida dos perfis conservadores ou moderados. Confira os principais benefícios para o investidor.

Investimento seguro e diversificado

O maior receio de quem decide aplicar seu dinheiro é o risco de crédito, ou seja, não receber o capital investido, mesmo com a rentabilidade, no vencimento da aplicação ou antecipadamente. 

No entanto, esse risco de crédito é menos provável de acontecer nos títulos públicos, aqueles pertencentes ao governo. Por outro lado, aplicações como CDBs não são produtos governamentais e costumam ser menos seguras

Essas são condições que tornam os investimentos em renda fixa mais seguros, especialmente aqueles que têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito (válido para aplicações de até R$250 mil por CPF ou CNPJ).

A diversificação é outro atrativo para o investidor. O mercado oferece vários produtos de renda fixa, tornando a carteira de investimentos muito mais equilibrada.

Nesse sentido, distribuir os recursos entre diferentes tipos de títulos de renda fixa, além de considerar outros tipos de investimentos, como renda variável, pode ajudar a reduzir riscos e potencializar os retornos.

Possibilidade de isenção do Imposto de Renda

Outro ponto positivo dos investimentos em renda fixa é que alguns produtos não têm incidência de Imposto de Renda.

Alguns exemplos são:

  • Letra de Crédito Imobiliário (LCI);
  • Letra de Crédito do Agronegócio (LCA);
  • Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI);
  • Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA).

Desvantagens de investir em renda fixa

Por outro lado, a renda fixa tem algumas desvantagens. A principal é a carência que alguns ativos podem apresentar. Nesses casos, o investidor fica impossibilitado de fazer o resgate precoce sem custos e deve arcar com multas. 

Existência de taxas e tributos

Algumas aplicações têm taxas e tributos. Os fundos de investimentos, por exemplo, agregam diversos investidores que compram cotas de um total de produtos financeiros, resultando em taxas de administração, de entrada ou de saída e IOF (quando o resgate ocorre dentro de 30 dias).

Outro tributo comum é o come-cotas, como é conhecido o recolhimento periódico de IR sobre os rendimentos de alguns fundos de investimento.

Também não podemos esquecer da taxa de performance que, apesar de ser cobrada somente quando os rendimentos superam as expectativas, pode incidir nas aplicações. Por isso, vale ficar atento e estudar muito bem para decidir em qual produto deseja investir.

Quais são os principais investimentos da renda fixa e quais seus tipos?

Conheça as principais modalidades para quem deseja começar a aplicar em produtos de renda fixa.

Poupança

A poupança é uma das aplicações mais conhecidas do brasileiro, entretanto, atualmente, está longe de ser algo atrativo, até mesmo para os mais conservadores.

Nos últimos anos, a rentabilidade real (rentabilidade acima da inflação) da poupança tem sido negativa, uma vez que a inflação tem aumentado mais rapidamente que os rendimentos que a aplicação garante.

Isso quer dizer que o seu dinheiro investido na modalidade perde poder de compra.

Tesouro Direto

É um título emitido pelo Governo Federal, de baixo risco de operação. A rentabilidade tende a ser superior à da poupança e o que define o valor desse título é a projeção dos juros futuros no Brasil.

Ou seja, quando existe projeção de que a taxa Selic subirá em um cenário próximo, o valor do Tesouro Direto desce.

É uma aplicação que apresenta maior rentabilidade, mas, por outro lado, se a projeção for de baixa dos juros, acontece o oposto: o valor do Tesouro Direto sobe, e o rendimento cai. 

CDBs e RDBs

Emitido pelos bancos, CDB significa “Certificado de Depósito Bancário”. É um investimento em renda fixa similar ao empréstimo que uma pessoa “concede” a um banco.

Como retorno, há uma taxa de rentabilidade, estipulada ao adquirir o título. Em geral, os CDBs emitidos por bancos de menor porte apresentam as melhores taxas de rendimento. O mesmo acontece quando os prazos de vencimento são maiores.

O Recibo de Depósito Bancário (RDB) também é um tipo de empréstimo feito pelo investidor para um banco, como o CDB. Da mesma forma, é uma maneira de captar recursos por parte dessas instituições financeiras.

Tanto o CDB quanto o RDB têm cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Sendo assim, existe garantia no saldo de aplicações em até R$250 mil por CPF ou CNPJ, caso haja inadimplência por parte da instituição que emitiu o título.

Vale lembrar que ambos têm incidência de Imposto de Renda sobre o rendimento, considerando uma tabela regressiva de alíquotas (de 22,5% a 15%).

A diferença entre as duas aplicações é o fato do investidor conseguir negociar o CDB antes do vencimento, enquanto o RDB é intransferível e, conforme regras do Banco Central, isso não é possível.

Debêntures

As debêntures são um tipo de investimento baseado em empréstimos concedidos pelo investidor. Contudo, em vez de instituições financeiras, como no CDB e no RDB, eles são dirigidos às empresas.

Nesse caso, os juros das debêntures muitas vezes são maiores do que nos títulos emitidos pelos bancos, o que torna essa aplicação mais atrativa. Por isso, é preciso observar a saúde e a solidez da empresa, pois as debêntures não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos.

LCI/LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) são títulos emitidos por instituições financeiras, servindo como fonte de investimentos para o setor imobiliário. Nessa modalidade, o investidor empresta seu dinheiro, para, no futuro, recebê-lo corrigido.

O LCI, garantido pelo Fundo Garantidor de Créditos, possui data de vencimento. Dessa maneira, é possível investir com previsão de rentabilidade do dinheiro. O indicado, nesse caso, é pensar em objetivos de médio e longo prazo.

Já as LCAs, ou Letras de Crédito do Agronegócio, são títulos emitidos por instituições financeiras direcionados ao setor do agronegócio..

É preciso ter em mente que a rentabilidade da LCA pode ser definida no ato da sua aquisição, se prefixada, ou posteriormente, no caso de ser pós-fixada. Por isso, é necessário analisar o indexador (o índice econômico usado como referência para atualizar o valor do ativo).

Assim como a LCI, a LCA tem garantia do Fundo Garantidor de Créditos e, quanto maior for o seu prazo de vencimento, melhor será sua rentabilidade.

Veja também: Tudo sobre Educação Financeira!

A Previdência Privada é considerada renda fixa?

Os fundos de previdência são semelhantes aos fundos de investimento comuns. No entanto, há uma diferença: os fundos de previdência carregam características que são vantajosas para quem pensa em investir no longo prazo, como para ter uma aposentadoria mais tranquila ou adquirir um bem em longo prazo.

Portanto, quando um investidor contrata um plano de Previdência Privada, seus recursos serão aplicados em um fundo previdenciário. Quem decide quais ativos comprar e vender, é o gestor da carteira. E os resultados dessas operações serão os ganhos ou as perdas para o poupador — semelhante ao que ocorre no fundo de investimento comum.

Vale destacar que as duas modalidades — fundo de investimento e fundo de previdência — são comuns no mercado. Além disso, os fatores de risco e de segurança estão presentes em todos os tipos de aplicações atuais.

Voltando à pergunta inicial deste tópico, podemos dizer que a Previdência Privada é um investimento tanto de renda fixa quanto variável. Ou seja, ela pode ser de ambos os tipos, pois depende dos produtos em que o gestor vai aplicar os recursos do fundo. Consequentemente, o rendimento da Previdência Privada vai depender desse fator.

Sendo assim, os fundos podem ter ativos de renda fixa, variável ou uma combinação de ambos. A escolha dependerá da forma como o investidor pretende aplicar seu dinheiro e do seu perfil.

Portanto, para saber qual plano de Previdência Privada vale a pena para o seu caso, é preciso analisar o seu perfil de investidor e os seus objetivos. Escolher uma empresa de confiança também é importante.

Por isso, conte com a Icatu para ajudar você a encontrar o fundo de Previdência ideal. Somos uma empresa 100% brasileira e estamos há mais de três décadas protegendo o futuro dos nossos clientes.

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