É normal termos algumas incertezas e dúvidas por conta da crise atual que estamos vivendo devido ao coronavírus (COVID-19). Afinal, estamos falando de um problema global de saúde, com impacto direto na rotina da população e na economia de todo o planeta.
Sabemos que é muito importante preservar a vida das pessoas e a gestão do sistema de saúde é uma das grandes prioridades nesse cenário em que vivemos. Logo em seguida, faz-se necessário pensarmos nas questões pertinentes à economia e investimentos. Mas, como tomar alguma decisão quanto às aplicações nesse momento?
Pensando nisso, preparamos um artigo sobre como investir durante a crise! Assim, você consegue tomar decisões sobre o seu dinheiro com mais confiança. Confira abaixo!
Como investir durante a crise? É o ideal?
De certo modo, sim. O período é de instabilidade e incerteza, ainda mais por se tratar de um assunto novo para todos. No entanto, esse período chegará ao final e precisamos estar preparados para o amanhã. Enquanto governos e bancos centrais de todo o mundo promovem ações coordenadas para ajudar as economias, é preciso gerenciar seus investimentos com sabedoria.
Afinal de contas, apesar de enfrentarmos agora uma crise global inédita, nós brasileiros já caminhamos por períodos recentes de recessão e retração econômica combinado com crise política. Não podemos paralisar a cada lombada.
Nesse momento é fundamental manter a calma e organizar as ideias para não tomar decisões precipitadas, mesmo frente aos impactos do coronavírus nos mercados ao redor do globo.
Mesmo que você não tenha investimentos em ações, a ansiedade e angústia de ver tanto dinheiro evaporar num cenário tão volátil pode ter ajudado a confundir seu senso de direção e tomada de decisão, certo? Mas, podemos te ajudar com isso.
Como tomar as melhores decisões?
Entender como investir durante a crise pode ser uma tarefa complicada. A primeira dica é voltar ao seu orçamento pessoal e analisá-lo.
Nesse turbilhão, a melhor forma de tomar uma decisão de onde investir durante a crise é voltar ao seu planejamento financeiro. É o retorno a esta base que foi construída considerando seu perfil de investidor, suas metas, sonhos de vida e seu prazo de investimento que vai trazer lucidez para a sua decisão.
É primordial também rever o orçamento pessoal, suas finanças e a de toda a família para entender como investir durante a crise. Os governos estão, a todo momento, monitorando os impactos do coronavírus na vida da população e lançando mão de novas regras para atenuar os impactos da crise.
Se você entende que qualquer uma dessas situações possa te impactar, é muito importante que seja considerada neste momento de decidir seus investimentos.
Investimentos a curto prazo
Os investimentos de curto prazo tendem a ter maior liquidez e, caso aconteça algum imprevisto, você pode contar com essa alocação que chamamos de reserva de emergência. É recomendado que o valor dessa reserva seja suficiente para sustentar seu custo de vida de 6 a 12 meses. O Tesouro Selic ou CDB são alguns exemplos desse tipo de investimento.
Alguns desses ativos perdem atratividade com a baixa dos juros, mas a relação liquidez/rentabilidade, sua principal função, cumpre com os objetivos. O foco aqui não é multiplicar patrimônio, mas protegê-lo.
Investimentos a longo prazo
Estudar os investimentos a longo prazo podem ser uma boa saída para investir durante a crise.
É muito comum traçarmos metas futuras e entender como investir durante a crise poderá colaborar para que você não deixe de lado seus objetivos.
A perspectiva de longo prazo é importante quando se quer fazer o dinheiro render de forma sustentável, sem ficar à mercê do emocional do mercado e de toda essa volatilidade que estamos vivendo. Fazer um investimento a longo prazo é uma ótima opção para quem quer planejar um futuro com tranquilidade.
Muitas pessoas preocupadas com o cenário econômico desfavorável começam a buscar por investimentos a longo prazo em tempo de crise. No entanto, a crise é cíclica e após baixas agudas, o investidor também pode encontrar condições e oportunidades que não acharia em outros períodos.
Logo, em um horizonte de longo prazo é possível a recuperação de perdas eventuais. É muito importante estar atento à volatilidade do mercado para compreender como investir durante a crise, poi,s apesar de apresentar riscos para quem aplica, também pode ser responsável por ganhos de capital.
Isso ocorre, pois, em tese, quanto maior o risco, maior é a possibilidade de ganhos. Por outro lado, quanto menor a volatilidade, menor a probabilidade de ganhos expressivos.
Tendo isso em vista, uma oportunidade para quem tem um perfil de investidor mais arrojado, é fazer investimentos com uma concentração maior de ativos voláteis como renda variável, títulos públicos pós-fixados ou indexados à inflação com vencimentos a longo prazo, que normalmente trazem retornos superiores quando comparados com investimentos mais conservadores.
É importante lembrar também que quanto mais tempo o recurso fica investido mais ele é beneficiado pelo efeito dos juros compostos.
Para entender melhor, vamos a um exemplo.
- O investidor aplica R$1.000,00 em um determinado fundo que rende 5% ao mês. Ao final de 30 dias, seu novo saldo é de R$1.050,00, pois a aplicação rendeu R$50,00.
- No segundo mês da aplicação, o fundo rendeu novamente 5%, só que em cima do novo saldo (R$1.050,00), passando a somar R$1.102,50, pois agora a aplicação rendeu R$52,50.Note que se o rendimento fosse novamente baseado do investimento inicial (R$1.000,00), teríamos um novo rendimento de R$50,00, totalizando R$1.100,00. Essa diferença de rendimento é por conta dos juros compostos, que chamamos de juros sobre juros.
Mas, o que são juros compostos? Quando você permanece com seu dinheiro investido por mais de um mês, você recebe juros por isso. E, no mês seguinte, a mesma coisa. Só que com um benefício: Os juros do mês atual sempre incidem sobre os seus lucros passados. Ou seja, são juros que atuam sobre os juros, como uma bola de neve.
Aprender a dar tempo ao tempo no universo das finanças colabora para entender como investir durante a crise e protege seus rendimentos.
Previdência Privada
Um plano de previdência privada é uma boa opção para o longo prazo. As condições desenhadas para este investimento é a de que ele seja preservado para o futuro. Em tempos de crise, é recomendado que você não interrompa a etapa de acumulação.
No entanto, atente-se a alguns pontos:
- A Previdência Privada oferece duas possibilidades de tributação: tabela regressiva e progressiva. Para aqueles que optam pela tabela regressiva de tributação o IR cobrado no resgate (após 10 anos) é de apenas 10%. Porém, o valor pode chegar a 35% se o saque do investimento for feito em até 2 anos. Usar o dinheiro da previdência privada na crise, antes do período planejado, traz penalidades.
- Os investidores que optam pelo PGBL também devem ficar atentos. O imposto desta modalidade é cobrado sobre o valor total do resgate e não somente sobre o rendimento. Em geral, o plano previdenciário PGBL é mais indicado para quem costuma fazer a Declaração Anual do Imposto de Renda no modelo completo.Nessa modalidade, os investidores, podem somar todas as contribuições para a Previdência Privada ao longo do ano e abater o total desta soma da base de cálculo do Imposto de Renda (limitado a 12% da sua renda bruta).
Uma dica valiosa caso precise mexer nas finanças e investir durante a crise: reavalie o valor dos aportes mensais ou mesmo suspenda-os por um período sem precisar resgatar o investimento. Também é possível realizar a transferência interna do seu fundo para realocação, sem incidência de imposto.
Você pode acessar este link para mais informações sobre Previdência Privada e aproveitar esse momento de crise para progredir. Segundo Albert Einstein, físico alemão, “a crise é a maior benção que pode acontecer as pessoas e aos países (…). É na crise que nascem os inventos, os descobrimentos e as grandes estratégias”. Que a luta de todos seja para superar mais essa!