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Como sair do endividamento: 5 dicas para evitá-lo

Tempo de leitura: 6 minutos

Índice

O endividamento e a inadimplência de pessoas físicas, acometem muitas famílias brasileiras, todos os anos.

No mês de maio de 2019, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Comércios de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a porcentagem de famílias brasileiras endividadas alcançou 63,4%. Esse é o maior percentual desde setembro de 2015, onde o índice de endividamento atingiu 63,5%.

As dívidas podem gerar diversos problemas para uma pessoa, então, nesse artigo, vamos definir alguns conceitos sobre esse assunto, falar sobre 5 motivos que levam as pessoas a se endividarem, ensinar como identificar o índice de endividamento e dar algumas dicas de como sair dessa situação. Vamos lá? Acompanhe!

O que é endividamento?

Já que tantas famílias brasileiras acabam nessa situação, vamos definir alguns conceitos para que fique mais claro o que você pode fazer para sair das dívidas e evitar o endividamento.

Falamos tanto dele mas, afinal, o que é endividamento? 

Ele nada mais é do que: após a compra de algum bem material, a pessoa acaba postergando o pagamento. Isto significa, então, que ela se endivida e não possui capital financeiro para pagar essa fatura.

Tipos de endividamento

Agora que você já sabe o que é endividamento, é necessário conhecer também os tipos existentes, para poder identificar em qual deles você se enquadra. Confira abaixo:

Endividamento esporádico (passivo)

O endividamento esporádico acontece, na maioria das vezes, devido a imprevistos e ele não é frequente. Nesse tipo, a pessoa consegue quitar as sua dívidas sem chegar a comprometer o seu sustento e de sua família.

Porém, para esse tipo de endividamento, é bom que o devedor reveja os hábitos de consumo e aprenda a economizar.

Endividamento recorrente (ativo)

O recorrente, muitas vezes, pode ser confundido com um imprevisto, mas mostra uma falta de controle e organização da vida financeira, pois ocorre frequentemente.

Superendividamento

Esse tipo é onde a pessoa fica impossibilitada de pagar as suas dívidas, pois isso acabaria comprometendo a sua subsistência. Uma dica para não ficar nessa situação é não deixar que nenhuma dívida ultrapasse 30% da renda líquida de sua família.

O que é e como calcular o índice de endividamento?

O índice de endividamento é uma forma de você medir o grau de endividamento de um indivíduo, ele se dá pela relação entre a dívida e a renda dessa pessoa. Simplificando: é o percentual da sua renda que está sendo usada para pagar as dívidas.

O índice de endividamento pode ser usado por credores, investidores, contadores e serve para analisar os riscos que as finanças de uma pessoa representam. Ou seja, um banco, por exemplo, pode usá-lo para ver o seu grau de endividamento antes de lhe oferecer um empréstimo pessoal, pois assim, ele poderá ver o quanto você poderá pagar pelo mesmo.

Para calcular o seu índice de endividamento existem diversas formas, entre elas: calculadoras online, onde você simplesmente insere as suas informações financeiras de renda e dívidas e ela lhe dá esse percentual.

Porém, se você quiser entender como esse cálculo é feito, vamos explicar melhor abaixo.

Como calcular o índice de endividamento?

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O índice de endividamento, como já dito antes, se dá pela razão entre a renda e as dívidas de um indivíduo. Isto significa que, essa relação é igual às dívidas mensais divididas pela renda mensal, como na fórmula abaixo:

IE= dívida mensal / renda mensal

Agora que você já sabe o que é o índice de endividamento e como calculá-lo, vamos analisar alguns fatores que levam uma pessoa a ter uma dívida.

O que leva uma pessoa ao endividamento?

Para sair de um endividamento, o primeiro passo é compreender o que o levou a ele. Evidentemente, as razões que levam as pessoas a se endividarem são as mais diversas, veja alguns exemplos abaixo:

Falta de administração financeira

Esse é o motivo clássico. As pessoas não acompanham seus orçamentos, não observam para onde o seu dinheiro está indo e  não planejam.. Inevitavelmente acabam gastando mais do que deveriam ou poderiam e, por esta causa, acabam se endividando.

Inexistência de uma reserva de emergência

A maioria das pessoas não possui um dinheiro reservado para situações imprevistas ou emergenciais. Por isso, qualquer fato novo – como um carro quebrado, um salário que atrasa, uma geladeira que não funciona – leva as pessoas a usarem o crédito (cartão, cheque especial). E assim, começa um círculo vicioso que acaba culminando no endividamento.

Divórcio

Existem algumas questões óbvias nesse caso, como o pagamento de pensão, redução da renda familiar e divisão dos bens. Outras questões, ainda, nem são tão óbvias quando envolve filhos, desde a competição entre os pais com presentes, passeios,  até a manutenção de duas casas. E isso sem contar o custo do processo de divórcio em si. Logo, muitos casais que passam por essa situação, acabam se endividando.

Tentar manter um estilo de vida que não condiz com a sua realidade

No divórcio, na viuvez, na aposentadoria ou no novo emprego que não remunera tão bem quanto o anterior: as pessoas possuem  dificuldade em viver um padrão de vida com menos privilégios do que estavam acostumadas. Então se endividam, agarrando-se a um  passado que, quase nunca voltará a se reproduzir.

Herança de comportamento dos pais

Não se trata aqui de herdar dívidas dos pais – o que, aliás, pode acontecer. Assim como herdamos ativos, também podemos herdar passivos. Mas a questão é sobre hábitos de consumo transmitidos de uma geração a outra. 

Como não aprendemos sobre administração financeira pessoal nas escolas, o mais comum é que aprendamos sobre dinheiro com nossos pais. E se eles eram desorganizados com as finanças , tendemos a nos espelhar nesse comportamento.

Acontece que o mundo de 20 ou 30 anos atrás não tinha os apelos de consumo de hoje e os fornecedores de crédito não eram tão agressivos quanto os atuais.

Portanto, herdar um comportamento consumista e desorganizado  pode facilmente levar uma pessoa a uma situação financeira bem complicada .

5 dicas de como sair do endividamento

Agora que você já sabe o que é endividamento, os tipos dele, aprendeu a calcular o seu índice e entendeu como as pessoas se endividam, vamos te dar dicas de como sair dele e organizar as suas finanças. Confira abaixo:

1- Reconheça o problema

Como em qualquer outra mudanças em nossas vidas, o primeiro passo para que elas aconteçam é reconhecer que você possui um problema e aceitá-lo, pois só assim as medidas necessárias podem ser tomadas.

2- Analise a sua situação

Agora que você já reconheceu o problema e o aceitou, está na hora de pegar todos os boletos e contas para começar a ver como está a sua situação atual. Feito isso, liste e enumere cada dívida, colocando o valor empregado, por mês, para cada uma. Some esse valor e faça o seu orçamento familiar.

Depois disso, é importante determinar qual o seu índice de endividamento, e assim, constatar quantos por cento de sua renda mensal será utilizada para pagar as dívidas.

3- Saiba priorizar e tome ações imediatas

Já com a lista de dívidas e de seu orçamento pessoal, chegou a hora de tomar algumas decisões para que você consiga organizar as suas finanças e sair das dívidas. Acompanhe:

Mude seus hábitos

A primeira coisa é mudar seus hábitos, pois é muito importante ter força e determinação para transformar o seu comportamento errôneo em relação ao dinheiro.

Corte algumas despesas

Analise todos os gastos e veja quais deles são supérfluos e podem ser cortados. Alguns deles podem ser: refeições em restaurantes, planos pós-pagos de celular, tv a cabo, gastos com apps de comida e transporte, etc.

Economize

Veja quais contas podem ser diminuídas e tente economizar ao máximo. Exemplo: água, mercado, energia, transporte, etc.

Defina quais são as dívidas prioritárias

Devemos observar quais as dívidas que precisam ser quitadas primeiro, elas são aquelas que os juros mensais são altíssimos e aumentam rapidamente, como exemplo, o cartão de crédito e cheque especial. Essa é uma ótima dica para sair do endividamento.

Elabore um plano para quitação das dívidas

Depois de fazer o orçamento familiar e verificar o seu índice de endividamento, você terá que determinar qual é o valor que poderá ser disponibilizado para o pagamento mensal de suas dívidas.

Uma dica é que esse valor não ultrapasse 30% do seu orçamento para não comprometer o pagamento das despesas básicas.

4- Renegocie

Esse é o momento de renegociar as sua dívidas, pois o seu orçamento atual não o permite quitá-las. Então, entre em contato com os credores e os faça uma proposta que caiba em seu orçamento.

5- Honre os pagamentos

O passo final é honrar os seus pagamentos, pois, depois de uma renegociação de dívidas, geralmente, as instituições não aceitam mais uma inadimplência.

E então, gostou dos nossos esclarecimentos sobre o endividamento? Agora que você já sabe tudo sobre como sair do endividamento,  leia também: 7 dicas para casais evitarem conflitos financeiros.

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