A gestora Kinea começou pequena, foi crescendo, crescendo, e hoje é uma das maiores do Brasil. Prepare-se: ela quer fazer o mesmo com os seus investimentos em previdência. Saiba quem cuida da rentabilidade do fundo multimercado Kinea Prev XTR II Icatu.
São R$ 68,3 bilhões de ativos sob gestão (R$ 21,7 bi só em multimercados) e um time com 151 especialistas. Quem vê esses números hoje não imagina que a Kinea começou pequena há 15 anos, embora contasse com um grande sócio: o banco Itaú.
Atualmente, é uma das maiores gestoras independentes do Brasil, atuando em múltiplas classes de investimento.
Para entender como a gestora que começou como uma “boutique” do Itaú hoje oferece um conjunto de múltiplos fundos, a Icatu conversou com dois especialistas da empresa: Marco Freire, sócio e gestor dos fundos líquidos, e Ivan Simão, responsável pela área de Sales e Relação com Investidores da Kinea.
É da gestora o Kinea Prev XTR II Icatu, um fundo de previdência multimercado que investe em várias classes de ativo no Brasil e no exterior – para eles, a diversificação permite ganhos em diferentes cenários e ainda reduz a exposição a riscos específicos.
Nesse fundo de previdência complementar, são montadas posições direcionais e relativas através da união entre análise fundamentalista, micro e macroeconômica. CDI + 3% ao ano é o objetivo de retorno do fundo Kinea Prev.
O que são fundos multimercado
O Kinea Prev XTR II Icatu é um multimercado. Isso quer dizer que o fundo investe ao mesmo tempo em várias classes de ativo, como ações, câmbio e renda fixa, dependendo do cenário econômico e também das oportunidades.
No caso do nosso fundo em parceria com a Kinea, o portfólio é composto por juros locais e globais, bolsa local e global, commodities, moedas globais e crédito privado.
O que é uma posição relativa e direcional
Imagine que você tenha um ativo, como a ação de uma grande empresa. É possível apostar em sua queda, assim como em sua subida. Ou mesmo operar comprado (long) nas ações preferenciais e vendido (short) nas ações ordinárias, com a mesma quantidade.
Os ganhos aconteceriam se as ações preferenciais subissem mais do que as ordinárias, por exemplo. O resultado também seria positivo, mesmo se as duas caíssem: basta que as ações ordinárias caíssem mais do que as preferenciais.
É isso o que chamam de posição relativa, aquela que não depende do movimento da bolsa para dar lucro. Na posição relativa, o ganho é calculado por meio da diferença existente entre os preços ou os desempenhos de dois ativos. Já a posição direcional depende dos movimentos da bolsa para trazer ganhos.
“Acreditamos muito na combinação entre a análise do cenário econômico com a análise micro, de grandes empresas, para ter um portfólio quase que de estilos: direcional e de posições relativas. Esse fundo é, por natureza, multiestratégia. Não tem um estilo só. Isso acaba nos diferenciando, porque a maior parte da indústria de fundos brasileira é macro”, avaliou Marco, o gestor dos fundos líquidos da Kinea (multimercados, ações, previdência, renda fixa etc.).
Para ele, não ter apenas um estilo é uma vantagem: “Tem gestor que diz: ‘Ah, sou focado no cenário econômico e só faço aporte direcional.’ Não, esse não é o nosso estilo. Nós analisamos o cenário econômico, sim, fazemos aporte direcional, mas também relativo. Além de olharmos para o que está acontecendo no micro de uma empresa, temos bastante participação internacional no fundo, com posições importantes nos Estados Unidos e Europa, por exemplo.”
Para gerir os fundos líquidos, 39 pessoas
Para chegar lá e fazer os investimentos de seus clientes crescerem, a Kinea conta com uma equipe especializada, que não para de aumentar, com 100% do foco em cada classe de ativo, contou Marco. O volume da carteira tem acompanhado esse crescimento: “Entrei na Kinea há quase oito anos, e era uma área de R$ 500 milhões sob a gestão de quatro pessoas. Hoje, nós somos 39 funcionários, e a gestão tem R$ 36 bilhões de reais, aproximadamente”.
Ele também contou como o time “joga”: dessas 39 pessoas, 28 são do time de gestão e 11 trabalham na análise. “O meu papel é ser generalista. Então, se eu tenho vários especialistas que estão trazendo oportunidades em seus mercados, eu sou a pessoa que vai olhar o todo e saber o melhor momento, onde é o melhor local para investir, como devemos combinar essas oportunidades de investimento para que o portfólio fique mais equilibrado para o cliente.”
Tanta gente é necessária, segundo Marco, por causa da natureza dos fundos: “Quando se trata de multimercados, é importante escalar: é preciso gerir ações, juros, moedas, commodities… Você acompanha Brasil, Estados Unidos, Ásia… Literalmente, você olha 120 ações no Brasil, 250 ações nos Estados Unidos. É um universo de investimento onde temos milhares de oportunidades. E você não consegue cobrir essas oportunidades com um time muito pequeno. O que temos hoje é um time maior, mais escalável, com especialização”.
Sobre a equipe de gestão, Ivan destacou que um dos segredos da Kinea é que seus gestores permanecem um bom tempo na gestora. “Temos um turnover baixo. Isso é importante porque o nosso business é de longo prazo. A gente ouve muito no mercado a seguinte crítica: ‘O fundo é de longo prazo, mas o gestor não fica no longo prazo…'”
Boa em investimentos, boa em comunicação
A gestora não é referência apenas quando o assunto são os ativos financeiros. A Kinea é um exemplo de boa comunicação. Na entrevista, Marco foi enumerando a quantidade de ações que eles fazem para manter seus clientes bem informados.
“Além da tradicional carta e de um blog com atualização constante, temos vídeos mensais de gestores. A gente faz uma live e um podcast mensais. O cliente que escolhe a Kinea vai ter muito mais informação, em comparação com a média do mercado, sobre como o dinheiro dele está sendo aplicado”, explicou.
Ivan completou, dizendo que a Kinea conta até com profissionais responsáveis pela criação desse material: “Existe uma área de marketing que trabalha próxima à equipe de gestão, focada em produzir conteúdo. Há, por exemplo, um vídeo mensal para cada uma das estratégias disponível no YouTube”.
“A gente faz isso com um objetivo claro: entendemos que esse é um negócio de confiança. A pessoa está confiando na gente para gerir a poupança dela”, destacou Marco.
Pequena, a Kinea nasceu com a ajuda de um gigante
A Kinea surgiu como uma plataforma de investimentos do banco Itaú (que tem 80% de seu capital), em 2007. A gestora foi criada para atender a investidores dispostos a assumir maior risco em suas aplicações.
Tudo começou logo após a compra do BankBoston pelo Itaú, ainda em 2006. Liderados por Marcio Verri – hoje sócio e CEO da Kinea –, um grupo de executivos decidiu criar a gestora.
“Durante a entrevista de desligamento do Marcio, surgiu a ideia de fazer uma asset independente, uma gestora de investimentos para classes específicas”, lembrou Ivan.
Sim, independente. Até mesmo o endereço da Kinea já demonstrava que a equipe estava disposta a seguir seu próprio caminho, apesar de terem um sócio majoritário tão poderoso: a gestora inaugurou seu primeiro escritório no Itaim Bibi, bairro bem distante da sede do Itaú no Jabaquara, na zona sul de São Paulo.
“Os sócios da Kinea não eram executivos do banco. Isso era bastante importante porque senão você acaba criando uma empresa que vira uma ‘área’ do banco”, observou Marco.
Foi a palavra grega “kinetics” (“cinética”, relativa à energia cinética), que serviu de inspiração para a criação do nome da gestora. “Tem bastante a ver com o fato de que a gestão de fundos de investimento tem muita dinâmica. O corpo, quando está em movimento, tem energia cinética, e as coisas do mercado financeiro têm muito movimento, muita energia”, explicou Ivan.
Tanto movimento – e diversificação – tem trazido ótimos resultados para os seus clientes.
Saiba mais sobre a Kinea: www.kinea.com.br