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Renda bruta: o que é, como calcular e comprovar

Índice

Entender sua receita mensal é essencial para construir uma base sólida de saúde financeira. Saber exatamente quanto entra a cada período facilita o planejamento e a organização para cumprir todos os compromissos, sendo a renda bruta um conceito fundamental nesse processo.

Conhecendo esse conceito e sabendo o valor da sua renda bruta, fica muito mais fácil se preparar para o seu futuro e tomar decisões inteligentes. Na vida pessoal, isso significa ter mais controle sobre o dinheiro e se aproximar dos seus sonhos. Para as empresas, é possível encarar os desafios e manter o negócio em funcionamento.

Neste artigo, você vai descobrir conosco o que é, como calculá-la e por que ela é tão importante. Continue a leitura!

O que é renda bruta?

A renda bruta é a soma de todos os valores que uma pessoa ou empresa recebe em um determinado período, sem considerar descontos. Para pessoas físicas, inclui o salário total antes de impostos, contribuições como INSS, planos de saúde, vale-transporte e outras deduções. Por exemplo, se alguém recebe R$ 3.000 no mês antes de qualquer desconto, esse é o valor da sua renda bruta.

Além do salário, a renda bruta pode englobar outras fontes de ganhos, como aluguéis, comissões, bônus ou rendas extras. Já para empresas, representa todo o faturamento do período, antes de deduzir impostos, custos operacionais e demais despesas. Compreender a renda bruta é essencial para planejamento financeiro, cálculo de crédito e definição de tributos.

Quais as diferenças entre renda bruta e líquida?

A principal diferença entre renda bruta e renda líquida envolve as possíveis deduções feitas. Para entender melhor, imagine uma pessoa que tem carteira assinada e recebe R$ 3.000,00 por mês. Nesse caso, o valor do salário é a renda bruta.

Porém, o que cai na conta da pessoa é um valor menor que esse número bruto. O motivo é que ocorrem deduções importantes, como o Imposto de Renda Retido na Fonte e o valor destinado ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Logo, o valor que efetivamente cai na conta do profissional é a renda líquida.

Também é possível estender esse exemplo para as empresas. Imagine um comércio que faturou R$ 30.000,00 no mês — essa seria a renda bruta. Dependendo do regime de tributação escolhido — ou seja, da forma de pagar impostos —, a empresa terá um determinado desconto. O valor restante será a renda líquida no período.

Então, a renda líquida se diferencia em pontos como:

  • é obtida depois de descontar os impostos e outras deduções;
  • é menor que a renda bruta;
  • representa o quanto fica efetivamente disponível para o uso, incluindo pagar outras despesas.

Por que é importante entender esse conceito?

No mundo das finanças pessoais e empresariais, a renda bruta é um dos conceitos mais relevantes. Um dos principais motivos é que conhecer a renda bruta permite entender qual é o poder de compra. É por isso que esse valor é utilizado em uma série de atividades no dia a dia, como:

  • obtenção de crédito, como um financiamento ou empréstimo;
  • acesso a alguns serviços financeiros, como cartões de crédito e seus limites;
  • aluguel imobiliário.

Se alguém for alugar uma casa, por exemplo, a análise da imobiliária vai considerar a renda bruta. A ideia é analisar se essa pessoa tem ganhos compatíveis e apresenta condições de pagar o valor mensal. Para uma empresa que pede um empréstimo acontece o mesmo, já que o negócio precisa ter capacidade de pagar o dinheiro obtido.

Outro ponto importante é que a renda bruta serve para o cálculo de tributos. A alíquota do Imposto de Renda (IR), por exemplo, depende da renda bruta da pessoa física ou jurídica. Em geral, quanto maior for essa renda, maior é o pagamento de impostos.

Ainda, vale destacar que a renda bruta tem grande relevância para a educação financeira, em geral. Ao saber quanto você ganha, fica mais fácil montar um orçamento familiar realista, por exemplo.

Como calcular?

O cálculo da renda bruta envolve duas etapas: identificar quais foram as fontes de receita, ou seja, de onde vem o dinheiro, e somar o valor recebido ao longo do período. Para entender melhor, considere os exemplos a seguir!

Renda bruta de pessoa física

Imagine que uma pessoa, em determinado mês, teve os seguintes ganhos:

  • salário: R$ 3.000,00;
  • bonificação: R$ 1.000,00;
  • aluguel recebido de um imóvel: R$ 800,00.

Considerando o exemplo, a renda bruta mensal dessa pessoa é de R$ 4.800,00.

Se no mês seguinte ela não tiver o bônus do trabalho, a renda bruta passará a ser de R$ 3.800,00. Já se ela receber o bônus e decidir aumentar o aluguel para R$ 1.000,00, a renda bruta será de R$ 5.000,00.

Renda bruta pessoa jurídica

Agora, imagine que uma loja fez as seguintes vendas ao longo de um mês:

  • produto A: 100 unidades a R$ 150,00 = R$ 15.000,00;
  • produto B: 50 unidades a R$ 100,00 = R$ 6.000,00;
  • produto C: 200 unidades a R$ 70,00 = R$ 14.000,00;
  • produto D: 250 unidades a R$ 20,00 = R$ 5.000,00.

Com a soma dos valores obtidos com todos esses produtos, a renda bruta da empresa terá sido de R$ 30.000,00. Nesse caso, portanto, o valor é igual ao faturamento do período, certo?

E a renda líquida?

Já a renda líquida é o valor gerado ao descontarmos os impostos e demais deduções do valor recebido. Citando o exemplo de uma pessoa física que tem uma renda bruta de R$ 4.800,00 e em que todos os impostos somam R$ 800,00, a renda líquida será de R$ 4.000,00, pois é o que sobra ao diminuir os impostos do valor inicial.

Na empresa, considere a ideia que o imposto devido foi de R$ 5.000,00. Logo, a renda líquida do mês em questão foi de R$ 25.000,00.

Quanto maior for a alíquota de impostos, portanto, menor será a renda líquida obtida em ambos os casos.

O que é a renda bruta familiar per capita?

A renda bruta familiar é a soma de todos os ganhos de pessoas que moram na mesma residência. Se uma família tem quatro integrantes, por exemplo, vai ser considerado os ganhos desses quatro moradores, antes de qualquer imposto ou dedução.

Já a renda bruta familiar per capita é dada pelo ganho médio de cada pessoa em um domicílio. Isso ocorre porque a expressão “per capita” pode ser traduzida como “por cabeça”. Então, a ideia é conhecer quanto cada pessoa de uma residência ganha em média, sem os descontos.

Como calcular a renda bruta per capita?

Na prática, basta dividir a renda bruta familiar pelo número de moradores da residência. Pense no caso de uma família que tem uma renda bruta total de R$ 10.000,00 por mês. Se a casa tiver quatro moradores, a renda bruta per capita será de R$ 2.500,00.

Um ponto importante para considerar é que a renda bruta per capita se estende até a quem não tem ganhos mensais. De volta ao exemplo de uma residência com quatro pessoas, imagine que haja uma criança menor de 18 anos e que não tem ganhos. Mesmo que só os outros três moradores tenham rendimentos, a renda per capita será calculada pelo número total de pessoas.

Esse é um indicador fundamental que representa o poder de compra relativo de uma família. Afinal, a renda bruta familiar de R$ 10.000,00 terá um resultado per capita diferente se, em vez de quatro pessoas, houver apenas duas. Então, com esse valor é possível entender melhor a capacidade financeira média de cada um.

Como comprovar renda bruta?

Diante desta relevância, faz sentido querer saber como comprová-la. Afinal, em muitas situações é preciso demonstrar efetivamente os seus ganhos — como na hora de obter crédito ou de alugar um imóvel, entre outros casos. Além disso, essa necessidade existe tanto para as pessoas físicas quanto para as empresas.

Na sequência, veja como é possível fazer a comprovação em cada uma das situações!

Pessoa física

Uma das formas de as pessoas físicas comprovarem seus rendimentos brutos é por meio do holerite, ou contracheque. Esse é um documento emitido pelo empregador que indica quanto aquela pessoa recebe por mês. No geral, o documento é disponibilizado mensalmente para trabalhadores com carteira assinada e para servidores públicos.

Já pessoas em outras condições, como profissionais autônomos, podem buscar alternativas para a comprovação de renda. Uma das possibilidades é a apresentação do extrato bancário dos últimos três meses. Em algumas situações, também é possível apresentar a última declaração de Imposto de Renda.

Pessoa jurídica

Para as pessoas jurídicas, a comprovação de renda bruta pode ser feita por meio de documentos e relatórios contábeis. O Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) são algumas alternativas que costumam ser aceitas para comprovar os valores.

Também é possível recorrer à Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) ou à Declaração Anual de Faturamento do Microempreendedor Individual. Dependendo do uso, contratos e notas fiscais são outros recursos que ajudam na comprovação de renda.

Agora você entendeu o conceito e, principalmente, por que é importante. Como esse é um valor que está presente no cotidiano tanto das pessoas quanto das empresas, é interessante entender como calculá-la e avaliá-la. Com essas dicas, você conseguirá conhecer e acompanhar esse valor com mais facilidade, o que possibilita um controle financeiro melhor.

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