A reforma da Previdência, sancionada em 2019, trouxe diversas mudanças nos planos de aposentadoria dos brasileiros. Com o objetivo de equilibrar as contas públicas, a nova legislação impôs alterações significativas nas idades mínimas e nas regras de transição.
Neste texto, vamos detalhar as modificações que começam a vigorar em 2025 e explicar como essas mudanças podem impactar os trabalhadores próximos de se aposentar.
Mudança na aposentadoria: alterações na idade mínima
As mudanças na aposentadoria começam com a progressão da idade mínima. Isto é, de acordo com o site
Os trabalhadores que estão perto de se aposentar devem ficar atentos às novas regras do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Como acontece a cada virada de ano, a idade mínima para requerer o benefício vai aumentar.
A partir de janeiro de 2025, para dar entrada na aposentadoria pública as mulheres devem ter pelo menos 59 anos e, os homens, 64.
A progressão da idade mínima continuará até chegar aos 62 anos para as mulheres, em 2031, e 65 para os homens, em 2027, atendendo às normas da reforma da Previdência, realizada há cinco anos.
Essas mudanças atingem apenas as pessoas que já contribuíam para o INSS antes de 13 de novembro de 2019. Estes são os trabalhadores incluídos na regra de transição, valendo tanto para o mercado formal do setor privado quanto para o serviço público federal. Não há alteração no cálculo do benefício.
Quanto àqueles que começaram a contribuir para a Previdência Social após a reforma, nada muda. As mulheres precisam ter pelo menos 62 anos de idade e 30 anos de contribuição. Aos homens, são exigidos 65 anos de idade e 35 de contribuição.
A mudança também impactou regra de transição, a pontuação e aposentadoria por tempo de contribuição
Segundo o Portal de notícias do G1, outro aspecto importante das mudanças na aposentadoria é a nova pontuação exigida para quem deseja se aposentar por tempo de contribuição. A reforma estabeleceu um sistema de pontos, que é a soma da idade e do tempo de contribuição. Em 2025, serão exigidos 92 pontos para mulheres e 102 pontos para homens.
Essa pontuação vai aumentar progressivamente até 2031, quando o limite será de 100 pontos para mulheres e 105 pontos para homens.
Essa alteração afeta principalmente aqueles que já estavam no sistema antes de 2019, pois as novas regras não impactam quem começou a contribuir depois da reforma. Para os professores, por exemplo, há uma transição diferente, levando em conta o tempo de serviço na área de magistério.
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Aposentadorias Especiais e Pedágio
De acordo com informações do INSS, existem algumas regras que não foram alteradas pela reforma, mas que ainda afetam muitos contribuintes.
A regra do pedágio de 100%, por exemplo, que permite que o trabalhador que estava a menos de dois anos da aposentadoria em 2019 consiga se aposentar cumprindo um “pedágio” sobre o tempo faltante para a aposentadoria, já foi cumprida para a maioria.
No setor público, quem começou a trabalhar antes de 2019 ainda pode se beneficiar dessa regra, desde que tenha 20 anos de serviço público e cinco anos no cargo.
Veja como calcular o valor da aposentadoria
Além das mudanças nas idades e nas regras de pontos, o cálculo do valor da aposentadoria também sofreu ajustes.
A partir da reforma, o INSS passou a calcular o benefício com base em 100% dos salários de contribuição, ao invés dos 80% maiores salários, como ocorria anteriormente. Isso pode afetar significativamente o valor final da aposentadoria, especialmente para quem possui um histórico de salários baixos.
Para os trabalhadores que buscam garantir uma aposentadoria com um valor maior do que o teto do INSS, já que possuem atualmente um alto padrão de vida, a previdência complementar é uma solução essencial. A previdência privada permite que o participante acumule recursos além do valor oferecido pelo INSS, garantindo uma renda extra no futuro.
Diante disso, a boa notícia é que o site Meu INSS disponibiliza uma ferramenta onde é possível fazer a simulação e verificar a melhor opção caso a caso. Basta entrar em Gov.BR e clicar na opção “Simular Aposentadoria”.
Importante: é necessário ter login e senha tanto nas páginas do INSS e do Gov.BR na internet, como no aplicativo, que você pode baixar gratuitamente no celular.
Previdência Privada como complemento da aposentadoria social
Dependendo do padrão de vida do contribuinte, manter o nível de gastos durante a aposentadoria apenas com a renda do INSS pode ser um desafio. Afinal, existe um teto para o benefício.
Em 2025, o valor máximo de aposentadoria passa a ser de R$ 8.157,41, essa cifra costuma ser reajustada ano a ano, em janeiro. Mas, conseguir se aposentar pelo valor máximo é para poucos.
Antes da reforma, o benefício era calculado com base nos 80% maiores salários. Hoje, o cálculo da média salarial, usada como base para a aposentadoria, considera todos os salários de contribuição de julho de 1994 até o mês anterior ao pedido. O benefício integral vale para mulheres que contribuírem por 35 anos e para homens que contribuírem por 40.
Pelas regras da transição, o valor da aposentadoria para idade mínima progressiva e sistema de pontos segue o cálculo de 60% da média salarial mais 2% para cada ano acima de 15 anos de contribuição (para mulheres) e 20 anos de contribuição (para homens).
Portanto para quem deseja manter o mesmo padrão de vida após a aposentadoria, contar com a previdência complementar pode ser determinante. Os planos de previdência oferecem diversas opções de investimento, de acordo com o perfil do investidor, e ele pode usá-los não só para complementar a aposentadoria, mas também como uma ferramenta de planejamento sucessório e financeiro.
Simulando a aposentadoria para um planejamento antecipado
É essencial que os contribuintes se planejem antecipadamente para entender como a mudança na aposentadoria os afeta diretamente.
A Icatu Seguros, por exemplo, proporciona ferramentas de simulação de aposentadoria, onde é possível calcular a idade mínima necessária, o tempo de contribuição restante e o valor estimado do benefício. Esses recursos podem ajudar a escolher a melhor estratégia para garantir uma aposentadoria confortável e segura. Descubra ao clicar abaixo:

A importância da previdência complementar
As mudanças na aposentadoria exigem que os trabalhadores se atentem às novas regras e se planejem financeiramente. Com a progressão das idades mínimas, a mudança no cálculo dos benefícios e as novas exigências de pontuação, contar com uma previdência complementar pode ser a chave para apoiar uma aposentadoria sem surpresas.
Portanto, é fundamental começar o planejamento o quanto antes, avaliando as opções de previdência privada disponíveis e as ferramentas de simulação oferecidas pelo INSS.
Os dois sistemas funcionam de forma complementar. Ao fazer as contribuições para o INSS, além da aposentadoria, o trabalhador garante acesso a uma série de outros benefícios, como pensões por morte ou invalidez, seguro de afastamento do trabalho, auxílio-maternidade etc.
Já na Previdência Privada o participante acumula recursos financeiros para usar quando e como desejar, e não apenas na aposentadoria. Diferentemente do INSS, o dinheiro do plano o cliente pode resgatar e investir como a preferir. São muitas opções de fundos, conforme o perfil de investidor. É aconselhável que nessa tomada de decisão seja feita com o apoio de um time de gestão especializado.
Previdência privada como instrumento de planejamento financeiro
Previdência Privada pode ser encarada também como um investimento de médio ou longo prazo para outros fins, que não só a aposentadoria. Inclusive como instrumento de planejamento sucessório.
Isso porque a previdência privada oferece benefícios fiscais e tributárias. No PGBL, por exemplo, é possível deduzir até 12% do valor das contribuições na declaração de Imposto de Renda. Já no VGBL, as contribuições não são dedutíveis, mas o Imposto de Renda incide apenas sobre os rendimentos no momento do resgate e pode chegar em até 10% na tabela regressiva. E quem escolhe os beneficiários é o participante.
Conheça os planos PGBL e o VGBL da Icatu Seguros e planeje sua aposentadoria de acordo com as suas necessidades, sem ter que se limitar ao teto da Previdência Social. Então, para ter o melhor futuro, com uma vida ativa e independente, é fundamental que você faça as suas próprias regras.