Com o objetivo de ampliar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e reduzir o estigma que ainda envolve o cuidado com a saúde masculina, surgiu o movimento Novembro Azul.
A campanha, criada originalmente na Austrália e adotada no Brasil em 2011 pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, segue com uma missão urgente: combater uma desigualdade histórica: os homens cuidam menos da saúde do que as mulheres.
E essa diferença ainda é evidente nos números mais recentes. Segundo o Painel de Indicadores de Saúde do Ministério da Saúde (2024/2025), foram realizados aproximadamente 1,3 milhão de atendimentos ginecológicos no SUS no último ano, enquanto as consultas masculinas em urologia não passaram de 230 mil, uma diferença superior a cinco vezes.
A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) reforça esse cenário no Relatório Nacional de Saúde do Homem 2024, indicando que:
- 70% dos homens só procuram atendimento quando os sintomas já são avançados;
- 45% admitem evitar consultas por medo do diagnóstico;
- 1 em cada 6 brasileiros nunca passou por uma avaliação urológica ao longo da vida.
Esses dados mostram que, mesmo com avanços na comunicação e maior abertura para discutir saúde masculina, o autocuidado ainda é um desafio cultural. Por isso, o Novembro Azul permanece relevante e necessário, não apenas para conscientizar sobre câncer de próstata, mas para incentivar os homens a adotarem uma rotina de prevenção contínua.
É com base neste cenário que a Icatu Seguros convidou o professor e psicanalista, Vinícius Zimbrão para falar com mais detalhes sobre o tema, acompanhe.
Números atualizados do câncer de próstata
Segundo a estimativa mais recente do INCA, o Brasil deve registrar cerca de 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano no triênio 2023–2025, o que reforça que a condição crônica continua sendo o tumor maligno mais incidente entre os homens, exceto os de pele não-melanoma.
O INCA chama atenção para o fato de que a idade continua sendo o principal fator de risco: a doença é mais comum em homens acima dos 50 anos.
Isso significa que milhões de brasileiros podem estar em risco sem sequer saber, o que torna indispensável o diagnóstico precoce e a conscientização contínua.
Cuidar do corpo e da mente: o alerta de Zimbrão
Durante sua palestra sobre saúde masculina, Zimbrão destacou que “não é o exercício que cura, é a falta dele que causa”. Em outras palavras: o sedentarismo, o sobrepeso e o estilo de vida inativo aumentam o risco de doenças crônicas, incluindo câncer.
De fato, estudos recentes mostram que a obesidade e o sedentarismo contribuem para o surgimento e a progressão de vários tipos de câncer, inclusive o de próstata.
Para Zimbrão, que atua como embaixador do Novembro Azul desde 2015, o desafio é superar a cultura da “invulnerabilidade masculina” e entender que cuidar do corpo e da mente não é sinal de fraqueza, mas de responsabilidade.
“Precisamos quebrar o mito do homem que não adoece, saúde não é sorte, é atitude.” afirma Vinícius Zimbrão
Atividade física X exercício físico: por que Zimbrão alerta para essa diferença?
Um dos pontos mais enfatizados por Vinícius Zimbrão em sua palestra é a distinção entre atividade física e exercício físico, uma diferença simples, mas fundamental para entender por que tantos homens acreditam que “se movimentam o suficiente”, quando na verdade não alcançam o mínimo necessário para proteger a saúde.
Zimbrão costuma dizer que “não é o exercício que cura; é a falta dele que adoece”, reforçando que o corpo humano foi feito para se mover. A ausência desse movimento, mesmo que pequena, se acumula ao longo dos anos e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, metabólicas e até câncer.
O que é atividade física?
Atividade física é qualquer movimento corporal que resulte em gasto de energia.
É o que aparece em um dos slides da apresentação:
- andar pela casa
- limpar um cômodo
- passear com o cachorro
- subir ou descer escadas
- brincar com os filhos
Ou seja: são ações do cotidiano que não seguem planejamento, método ou progressão específica.
Essas atividades contam, mas não substituem o impacto do exercício físico sobre a saúde.
O que é exercício físico?
Exercício físico é uma sequência organizada de movimentos, planejada, orientada e com objetivo definido.
É quando você:
- treina com regularidade
- segue uma rotina estruturada
- faz movimentos com carga, repetição e intensidade pensados
- busca metas específicas (força, resistência, mobilidade, condicionamento)
Zimbrão explica que, sem essa intencionalidade, a pessoa até “se mexe”, mas não atinge o estímulo necessário para gerar adaptações benéficas no corpo, como ganho de massa muscular, melhora cardiovascular e proteção metabólica.
Por que essa diferença importa tanto para a saúde masculina?
O professor lembra que 47% da população brasileira é sedentária, e que o sedentarismo está relacionado a quase 14% das mortes anuais no país, cerca de 300 mil pessoas. No mundo, esse número chega a 3,2 milhões, segundo dados apresentados na palestra.
Mesmo com números tão expressivos, muitos homens acreditam que “não são sedentários”, apenas porque fazem pequenas tarefas do dia a dia. Mas Zimbrão alerta: “Você pode até se movimentar, mas estar longe de fazer o mínimo necessário para o seu corpo.”
Ele explica que o indivíduo ativo deve gastar ao menos 300 calorias por dia, o equivalente aos 30 minutos de atividade moderada recomendados pela OMS. Sem isso, o risco de doenças crônicas cresce, assim como a probabilidade de desenvolver diferentes tipos de câncer, especialmente em pessoas com IMC elevado.
O impacto real dessa diferença na prevenção do câncer
Zimbrão reforça que a ciência já comprovou que a chance de morrer de câncer aumenta conforme o crescimento do IMC. E manter o peso adequado não depende apenas de pequenas atividades diárias, mas da prática consistente de exercício estruturado.
Além disso, estudos mostram que o exercício físico:
- melhora a resposta ao tratamento oncológico
- reduz efeitos colaterais das terapias
- diminui o risco de recidiva
- fortalece a imunidade
- contribui para um envelhecimento mais saudável
Ou seja: o movimento é parte essencial da prevenção e também da recuperação.
Novas tecnologias e avanços: cirurgia robótica e abordagem multidisciplinar
O INCA e entidades médicas afirmam que, além da detecção precoce, o tratamento do câncer de próstata tem se beneficiado de avanços, como a cirurgia robótica, que permite uma intervenção mais precisa e menos invasiva, focando apenas no tumor.
Com o diagnóstico no início, as chances de cura ou controle da doença preexistente aumentam significativamente. E, conforme Zimbrão reforçou, adotar uma rotina saudável, com alimentação equilibrada, exercícios regulares e acompanhamento médico, é parte essencial da prevenção e da capacidade de tolerar melhor os tratamentos.
Segurança financeira: você está tomando decisões que protegem sua reserva?
Um câncer de próstata, por exemplo, encaixa-se em um caso de Doenças Graves, uma das muitas coberturas oferecidas pelos seguro de vida. Também conhecida por DG, ela pode variar de condições de empresa para empresa, mas tem por objetivo indenizar o paciente nessa situação.
Por ser um momento de vulnerabilidade emocional extrema, do próprio paciente e dos familiares, a indenização é capaz de diminuir algumas preocupações ao ajudar a pagar medicamentos, tratamentos mais caros e as despesas da casa, como contas, compras de supermercado, educação dos filhos e financiamentos, enquanto se está de licença médica.
Para se ter uma ideia melhor, o valor pode ser de até todo o capital contratado, em caso de um diagnóstico definitivo de diversas doenças.
Entre elas, câncer, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência renal terminal e em situações em que um transplante de órgão se faz necessário. Essas condições não escolhem hora para aparecer, por isso, é muito importante contratar um seguro de vida mesmo que não se tenha dependentes.
Quer saber mais? Você pode conhecer as principais coberturas da Icatu Seguros em nosso Portal.
Assim, em caso de um imprevisto, como o diagnóstico de uma doença grave, você deixa a sua cabeça preocupada com que mais importa. Ou seja, seguir as orientações médicas, cuidar da saúde mental e passar mais tempo com as pessoas que ama.