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Mulher anotando coisas no papel

Planejamento previdenciário: o que é e como fazer?

Tempo de leitura: 8 minutos

Índice

Você já parou para pensar em como vai ser a sua aposentadoria? De modo geral, as pessoas costumam se preocupar com isso somente quando a idade de parar de trabalhar está chegando. No entanto, quanto mais cedo você começar a se planejar, melhor!

Nesse sentido, o planejamento previdenciário é uma ferramenta muito útil para ajudar você a se preparar para ter um futuro mais seguro e tranquilo financeiramente. Por isso, não pense que a aposentadoria é um assunto distante. Na verdade, ter uma vida confortável na aposentadoria tem tudo a ver com as suas escolhas do presente.

Quer saber mais? Neste artigo, vamos explicar como fazer um planejamento previdenciário e por que ele é tão importante para todas as pessoas, seja quem está quase se aposentando, seja quem começou a trabalhar há pouco tempo. Acompanhe e entenda!

O que é planejamento previdenciário?

O planejamento previdenciário é feito a partir de um estudo de toda a vida profissional e contributiva de um trabalhador, a fim de verificar quais são as possibilidades de aposentadoria para ele. Por meio do estudo, é possível analisar vários aspectos relacionados ao trabalhador, como:

  • idade;
  • tempo de serviço;
  • tipos de atividades exercidas;
  • valor de contribuição;
  • tipos de vínculo empregatício;
  • períodos de afastamento ou invalidez.

A partir dessas informações, é possível identificar quais são os cenários prováveis de aposentadoria e realizar esse planejamento. Por exemplo, um trabalhador pode descobrir que faltam cinco anos de contribuição para se aposentar ou que não se encaixa nas regras de transição da aposentadoria por idade.

Vale ressaltar que o planejamento previdenciário é ainda mais importante no cenário brasileiro, tendo em vista que existem diferentes regras e condições distintas para ter direito à aposentadoria pública. Além disso, essas regras variam de acordo com categorias profissionais, ou seja, pessoas que trabalham na iniciativa privada precisam cumprir algumas especificidades diferentes dos profissionais da iniciativa pública. Essas condições também mudam para autônomos e empreendedores, por exemplo.

Como funciona o sistema previdenciário brasileiro?

No Brasil, o sistema previdenciário é composto por três pilares:

  • Previdência Social;
  • Previdência Complementar Aberta;
  • Previdência Complementar Fechada.

Cada um deles desempenha um papel específico na segurança financeira dos trabalhadores, como mostramos a seguir. 

Previdência Social

A Previdência Social é a parte mais conhecida do sistema previdenciário brasileiro. Ela é mantida pelo Governo Federal e é financiada pelas contribuições obrigatórias dos trabalhadores, dos empregadores e do próprio Governo.

No geral, o principal objetivo da Previdência Social é fornecer uma renda básica de aposentadoria e proteção social, além de outros tipos de direitos, como pensão por morte, aposentadoria por invalidez, licença maternidade, entre outros benefícios.

É importante destacar que as regras da aposentadoria têm sofrido mudanças no Brasil (e no mundo todo) em razão de alterações no perfil da população.

Isso acontece porque, como explicamos, a contribuição é obrigatória apenas para os trabalhadores formais, de carteira assinada. Ou seja, trabalhadores que pertencem a outras classes, como os MEIs, autônomos, trabalhadores avulsos e até desempregados e estudantes, podem contribuir por contra própria, mas esse pagamento é opcional.

Como o regime financeiro dessa arrecadação é o de repartição, na prática, o dinheiro não é usado para fazer uma poupança. Na verdade, ele é usado para pagar o benefício dos trabalhadores aposentados.

Dessa forma, como há uma redução no número de trabalhadores contribuintes nos últimos anos, a arrecadação total é cada vez menor. Ao mesmo tempo, a população aposentada é cada vez maior. Essa condição torna a dinâmica da previdência insustentável, demandando reformas e mudanças nas regras.

Essa contextualização é importante para entender que a renda mensal da aposentadoria, nesta modalidade, muitas vezes pode não ser suficiente para que o beneficiário mantenha o padrão de vida e alcance seus objetivos. Assim, fazer um planejamento previdenciário pode ajudar a ter uma aposentadoria mais tranquila, conforme explicaremos mais adiante.

Previdência Complementar Aberta

Na Previdência Complementar Aberta, empresas, como instituições financeiras ou seguradoras, podem oferecer planos de Previdência Privada, um tipo de investimento indicado para o médio e longo prazo.

Nela, a pessoa pode fazer um único aporte ou contribuições periódicas alocadas em planos atrelados a fundos de investimento previdenciários, que podem ser compostos por ativos de diversos tipos. Então, posteriormente, a pessoa pode resgatar o valor investido, mais o rendimento gerado.

Esse resgate pode ser feito de uma única vez ou como uma renda durante certo tempo, podendo ser até vitalícia. O valor pode ser usado como um complemento da aposentadoria, mas também para realizar sonhos e alcançar objetivos, como pagar os estudos dos filhos, fazer uma viagem internacional, entre outros.

Previdência Complementar Fechada

A Previdência Complementar Fechada é parecida com a Aberta, ou seja, ela também funciona como uma Previdência Privada Complementar. No entanto, para ter acesso a ela, é preciso que você seja funcionário de uma empresa, organização ou entidade de classe que ofereça esse plano específico.

Além disso, aqui não existe objetivo de gerar lucro. Assim, os valores de receita gerados pelas taxas de administração têm a função de manter a estrutura administrativa necessária e, por essa razão, tendem a ser menores que a modalidade Aberta.

Esse tipo de Previdência pode ser de três tipos, conforme define o Ministério da Previdência Social:

  • benefício definido: o valor da contribuição e do benefício é definido na contratação do plano; 
  • contribuição definida: valores dos benefícios programados têm como base o saldo de conta acumulado do participante, sendo que o valor da contribuição é acertado no ato da contratação do plano e o montante que será recebido varia em função dessa quantia, do tempo de contribuição e da rentabilidade;
  • contribuição variável: apresenta características das modalidades de contribuição definida e benefício definido, ou seja, os benefícios programados, na fase de acumulação ou na fase da atividade, têm características de CD (contas individuais) e na fase de inatividade têm características de BD (rendas vitalícias).

Previdência Complementar Fechada

A Previdência Complementar Fechada, conhecida popularmente como Fundo de Pensão, tem algumas características similares e que, também, são observadas em um plano de Previdência Complementar Aberta PGBL. Dentre elas, podemos elencar:

– Os valores de contribuição podem ser utilizados para benefício fiscal;

– Além da contribuição mensal, o participante pode realizar aportes ou contribuições esporádicas;

– Os valores vertidos ao plano são alocados em fundo de investimento e podem ser alterados de acordo com a política de investimentos do plano;

– O participante também pode escolher a tabela de tributação do plano entre Progressiva e Decrescente.

Embora haja similaridades para aderir a um plano fechado, é necessário ser funcionário de uma empresa que ofereça esse tipo de benefício ou estar associado a uma organização ou entidade de classe que ofereça um plano instituidor.

Como atrativo dessa modalidade de previdência, podemos destacar as condições de contrapartida da empresa em relação à contribuição do participante/funcionário e as regras de vesting as quais variam de acordo com o regulamento do plano.

Na Previdência Fechada, o órgão fiscalizador é a Previc. Assim, toda alteração no regulamento precisa ser previamente comunicada aos funcionários da empresa e submetida à essa Autarquia.

No Fundo de Pensão existem 3 modalidades:

  • Benefício Definido (BD): o valor do benefício é decidido no momento da Adesão, mas os valores de contribuição podem variar de acordo com o andamento da vida de trabalho e o alcance do valor decidido inicialmente.
  • Contribuição Definida (CD):  decide-se o tamanho (valor) da contribuição a ser efetuada ao plano, e o benefício do participante é definido no momento da aposentadoria, com base no montante de recursos que o participante e patrocinadora contribuíram durante o período que trabalhou, somada à rentabilidade auferida no período.
  • Contribuição Variável (CV): o participante estabelece a contribuição mensal que deseja realizar e o valor do benefício é resultado deste esforço de poupança. Dessa forma, o participante decide quanto irá contribuir mensalmente para ter a renda futura esperada e, também, os benefícios de risco.

Para que serve o planejamento previdenciário?

Como vimos, existem regras e requisitos para se aposentar pela Previdência Social. Dessa forma, o planejamento previdenciário é um passo essencial para auxiliar o trabalhador a descobrir a melhor aposentadoria, a partir de diferentes frentes de atuação:

  • ajuda a analisar qual é o momento certo para a aposentadoria;
  • orienta o trabalhador a conseguir o melhor benefício no menor tempo possível;
  • verifica possíveis pendências de informações cadastrais que podem impedir ou dificultar o processo de aposentadoria;
  • evita possíveis atrasos na concessão da aposentadoria;
  • alinha os direitos previdenciários do trabalhador.

Dessa forma, ter um planejamento previdenciário contribui para que o trabalhador acompanhe os seus objetivos e consiga se aposentar da melhor maneira possível.

A importância do planejamento previdenciário

O planejamento previdenciário é muito importante, porque proporciona uma aposentadoria mais segura financeiramente. Isso significa que você pode ter mais tranquilidade para se aposentar com um valor que consiga atender às suas necessidades financeiras.

Além disso, existem outros fatores que demonstram a relevância do planejamento previdenciário, como:

  • ajuda a estabelecer metas financeiras claras e alcançá-las;
  • maximiza os benefícios da previdência;
  • contribui positivamente para o enfrentamento de imprevistos e desafios financeiros, como despesas médicas inesperadas ou mudanças na situação financeira;
  • ajuda a contribuir o valor correto e bem alinhado com a sua meta financeira.

Vantagens de fazer um planejamento previdenciário

Você já deve ter percebido que uma das principais vantagens de fazer um planejamento previdenciário é ter mais segurança e se prevenir contra surpresas e imprevistos durante o seu período de aposentadoria, não é mesmo?

No entanto, existem outros pontos que podem te ajudar a entender por que você deve fazer um planejamento previdenciário, como:

  • poder de escolha sobre o tipo de investimento que será feito;
  • análise da sua renda para a contratação de um plano de Previdência Complementar;
  • reduzir os riscos financeiros;
  • traçar algumas estratégias de tributação;
  • saber receber o benefício quando chegar a hora;
  • adaptar-se a mudanças circunstanciais.

Desse modo, o planejamento previdenciário pode ajudar a encontrar a melhor forma de alcançar os seus objetivos financeiros. Por exemplo, a partir da análise da renda e das demais informações sobre o trabalhador, pode ser indicado contratar um plano de Previdência Privada para ter uma aposentadoria ainda mais tranquila, investindo X reais por mês.

Vale ressaltar que fazer um plano de Previdência Privada, como os que são oferecidos pela Icatu, além de possibilitar o acúmulo de dinheiro para o futuro, também oferece outras vantagens, como benefícios fiscais, com a dedução de até 12% da renda bruta anual na declaração do Imposto de Renda. Ou seja, também é uma boa escolha financeira para o presente.

Quem deve fazer um planejamento previdenciário?

O planejamento previdenciário pode ser feito por qualquer pessoa que queira mais segurança financeira no futuro. Isso inclui jovens trabalhadores, pessoas que estão perto de se aposentar, autônomos, empreendedores e pessoas que trabalham com regimes diferenciados.

Além disso, até mesmo pessoas que já se aposentaram podem fazer o planejamento previdenciário para analisar o benefício que recebem no momento e buscar alternativas.

Qual é o preço de um planejamento previdenciário?

O planejamento previdenciário é geralmente realizado por profissionais específicos, como advogados e pessoas especialistas em educação financeira.

Dessa forma, fazer um planejamento previdenciário tem um custo, mas ele pode variar caso a caso, conforme alguns fatores:

  • complexidade do caso do trabalhador que está iniciando o planejamento;
  • tempo necessário para fazer o planejamento;
  • abrangência do serviço;
  • tempo de experiência do profissional que vai fazer o planejamento.

Como fazer um planejamento previdenciário?

O planejamento previdenciário envolve uma série de etapas e análises e, por isso, deve sempre ser feito por um profissional. As principais etapas que envolvem o planejamento são:

  • reunião dos documentos financeiros;
  • análise geral das informações do trabalhador;
  • definição dos objetivos da aposentadoria;
  • análise das opções de aposentadoria;
  • criação do plano de contribuição;
  • desenvolvimento do plano de investimento para alcançar os objetivos da aposentadoria;
  •  acompanhamento do planejamento definido.

Além disso, é importante destacar que, dependendo das mudanças de cenários e imprevistos, por exemplo, o planejamento previdenciário pode ser revisto e alterado. Isso significa que, caso o plano traçado inicialmente não esteja trazendo os objetivos esperados, uma alteração a ser feita é a reavaliação das opções e uma diversificação dos investimentos.

Por isso, a etapa de acompanhamento do planejamento é fundamental para alcançar os objetivos definidos.

Quais são os documentos para fazer planejamento previdenciário?

Como as primeiras etapas para fazer um planejamento previdenciário envolvem a reunião e a análise das informações do trabalhador, é importante saber quais documentos são necessários para iniciá-lo. Confira!

  • Documentos de identificação, como RG, CPF e CNH;
  • Comprovante de residência;
  • Histórico de trabalho e rendimentos, como contracheques, holerites e extratos do FGTS;
  • Carteiras de Trabalho;
  • Extratos bancários e de investimentos;
  • Extrato de contribuições previdenciárias, disponíveis no portal CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais);
  • Documentos da Previdência Privada (comprovantes de planos de Previdência Complementar e benefícios já recebidos);
  • Levantamento de dívidas e obrigações financeiras;

Quem são os profissionais capacitados para fazer o planejamento previdenciário?

Com esses documentos em mãos, é a hora de fazer o planejamento previdenciário. Para isso, você deve procurar um profissional especializado nesse tipo de serviço, já que eles têm o conhecimento necessário para traçar o seu plano de aposentadoria.

Existe uma certa variedade de profissionais que podem fazer o planejamento, como:

  • advogados especialistas em Direito Previdenciário;
  • especialistas em Seguro;
  • contadores especializados em planejamento previdenciário;
  • consultores financeiros com certificado (CFP).

Como visto, fazer um planejamento previdenciário pode ajudar a ter mais segurança e tranquilidade quando chegar a hora de se aposentar. Por meio dele, você também pode descobrir como outras alternativas, aliadas ao seu planejamento, contribuem para um futuro que atenda às suas necessidades.

Um exemplo disso são os planos de Previdência Privada da Icatu, que oferecem resultados consistentes para diferentes tipos de objetivos financeiros. Temos mais de 30 anos de atuação no mercado e mais de 150 opções de fundos de investimentos adequados a todos os perfis de investidor.Conte com a nossa equipe de especialistas para te ajudar a encontrar o plano ideal para você realizar os seus sonhos e ter uma aposentadoria mais tranquila! Faça uma simulação e dê agora mesmo esse passo em direção a um futuro mais seguro!

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