De frente com o gestor: Conheça a Constellation Asset Management

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Se você quer diversificar seus investimentos para a aposentadoria, chegou a hora de conhecer mais uma renomada gestora parceira da Icatu. Dessa vez, o bate-papo foi com Candido Gomes, da Constellation Asset Management, gestora criada por Florian Bartunek e Jorge Paulo Lemman, duas referências no mercado financeiro.

A gestora, que neste ano comemora seu aniversário de vinte anos, oferece aos nossos clientes de PGBL e VGBL o Constellation Icatu 70 Prev, um dos 125 fundos de previdência oferecidos pela Icatu.

O Constellation Icatu 70 Prev é um fundo de previdência privada multimercado lançado em 2018 que investe até 70% de seus recursos em ações. Os outros 30% são geralmente alocados em títulos públicos federais, como os pós-fixados à taxa Selic. A partir de R$1.000 já é possível investir no fundo. 

benchmark é o CDI, e seu universo de investimentos é composto sobretudo por ações de empresas brasileiras ou com bastante presença no país, como B3, Rumo, Lojas Renner, Totvs e Localiza. 

Compromisso com o longo prazo

O Constellation Icatu 70 Prev é um fundo de previdência complementar com uma estratégia de investimento em ações chamada “Long Only”. Isso quer dizer que a gestora investe em ações com foco na valorização dos papéis no longo prazo. 

Existem outros tipos de estratégias de investimento em ações, como a long biased e o long short, em que o gestor espera ter ganhos não apenas na alta, mas também na queda dos valores das ações. Porém esse não é o caso deste fundo da Constellation, como explica Candido:
“Em média, os investimentos que entram no nosso portfólio permanecem por três anos. Há casos de algumas empresas que chegam a ficar até dez anos na carteira, como a ação da B3. Então, o que a gente busca na nossa filosofia de investimentos é isso: encontrar boas empresas tocadas por times de gestão excelentes e nos tornar quase que sócios, investindo por um longo tempo”.

A Constellation monta sua carteira com base, principalmente, na análise fundamentalista, ou seja, uma criteriosa análise dos fundamentos dos ativos como, por exemplo, indicadores financeiros, econômicos e de governança para verificar a saúde do ativo, análise macroeconômica, setorial, entre outros. Isso acontece com o objetivo de identificar ativos com potencial de crescimento e valorização no futuro.

Esse tipo de análise, aliás, leva tempo e exige muita pesquisa, como disse Candido. “No nosso processo de investimento, nós nos aprofundamos na hora de conhecer as empresas. Não apenas nos encontramos com representantes da empresa, como CEOs, CFOs, como fazemos muitas reuniões que chamamos de ‘radares’: nos reunimos com clientes, fornecedores e funcionários”, contou.

Segundo ele, ex-funcionários muitas vezes são os que mais contam as verdades sobre o que acontece nos bastidores de uma empresa. “Quando você fala só com o CEO, você muitas vezes só tem aquela visão mais otimista”

Além da estratégia focada na análise fundamentalista, a Constellation também adota uma abordagem Bottom-Up (“de baixo para cima”). Nesse tipo de análise, primeiro avalia-se a companhia em detalhes, para só depois “subir”, ou seja, analisar o cenário macroeconômico ou a conjuntura e o mercado em que a empresa está inserida.

Esses “casamentos” de longo prazo têm dado resultados: “Se você analisar onde mais geramos retorno de forma anualizada, foi nos investimentos onde ficamos muitos anos. E para fazer isso temos que conhecer as empresas muito bem. Para você conseguir ficar dez anos com uma ação, em um país como o Brasil, que enfrenta várias crises, muita volatilidade, você precisa conhecer muito bem aquela companhia”, destacou Candido.

Para a tomada de decisão, muita pesquisa

Os processos de pesquisa da gestora, aliás, merecem um “capítulo” à parte. Eles são complexos e, dependendo da empresa, consideram um período de testes do produto, como contou Candido: “Às vezes, a gente faz até algumas pesquisas proprietárias para entender que empresa tem o melhor processo, o melhor produto. Nossos analistas já viraram clientes de banco, estudantes em faculdades privadas e revendedores da Natura e da Avon.” E também nos tornamos clientes anônimos dessas empresas para avaliar os produtos e serviços na prática”.

Ele explicou em detalhes dois casos, o primeiro no setor financeiro: “Já aconteceu de os nossos estagiários abrirem contas em todos os bancos tradicionais e digitais, para entender como era o processo. Existem bancos digitais novos onde você abre uma conta e em poucos minutos já pode fazer Pix, TED, pedir cartão de crédito. E existem, por incrível que pareça, casos em que a pessoa, para abrir uma conta, ainda precisa ir a uma agência bancária, passar pela porta giratória, assinar 23 documentos diferentes, esperar mais de uma semana. Essa empresa, seguramente, tem poucas chances de oferecer um bom retorno em longo prazo.”

O segundo, no setor de educação, contou até com matrícula da equipe da gestora. “Lá atrás, a gente fez um investimento na Kroton, que hoje é a Cogna, empresa de educação superior, onde também colocamos nossos estagiários e analistas para estudar, para fazer o curso da Kroton e das concorrentes. Eles inclusive deixaram de pagar as mensalidades para entender como era o processo de cobrança”, explicou. 

“Na época, a gente queria descobrir que faculdade iria ‘surfar’ melhor na onda do Fies (fundo de financiamento criado pelo Governo Federal para ajudar estudantes a pagar as mensalidades em faculdades privadas). Então, colocamos nossos estagiários para ligar para as instituições de ensino.

Eles falavam: ‘Olha, eu quero fazer o curso de engenharia, mas não tenho dinheiro. Eu queria fazer o financiamento do Fies.’ Então, a faculdade enviava uma ficha, você preenchia e aplicava para o financiamento”. Segundo Candido, na maioria das outras faculdades o processo era menos simples.

“Depois desse trabalho de pesquisa de campo, a gente aumentou nossa posição nas ações, e, realmente, a Kroton cresceu muito mais por meio do Fies do que as concorrentes. Esse acabou sendo um investimento muito bom”, compartilha Candido.

O que esperar em 2022?

Perguntamos a Candido como a gestora avalia 2021, que foi um período desafiador para os fundos de ações e multimercado, e o que podemos esperar deste ano, em que teremos eleições, um PIB com perspectiva de queda e inflação ainda alta. 

“O ano passado de forma geral foi complicado para gestores de fundos de ação. Se você olhar as empresas que foram bem no Ibovespa em 2021, temos Petrobras, JBS, Embraer, Gerdau. E se você olhar o nosso portfólio, ele tem muito foco nas empresas que a gente acha que vão ser vencedoras no longo prazo. Empresas como a Totvs, Lojas Renner, Localiza, XP…”

E este ano? Para ele, será um período dedicado também ao trabalho de recuperação da carteira. Embora possa ter até 30% de seus investimentos em títulos públicos, que se tornaram mais atrativos no ano passado com as sucessivas subidas da taxa Selic, parte da carteira do Constellation Icatu 70 Prev sofreu com a volatilidade das ações brasileiras. O Ibovespa encerrou o ano passado em queda de 11,93%. 

“A gente está trabalhando duro para recuperar as perdas do ano passado, sempre sendo muito diligentes e estudando para ter um conhecimento mais profundo das empresas onde investimos. Olhando para 2022, nós continuamos com foco muito grande em identificar as melhores empresas do ponto de vista operacional”, contou. 

Sonho grande

A história da Constellation começou em 1998, quando a Utor Asset Management foi criada pelos antigos sócios do Banco Garantia: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira (sim, você certamente já ouviu falar sobre esse trio por aí). 

Para gerir a carteira proprietária de ações da Utor, os três convidaram o investidor Florian Bartunek, que anos depois se tornaria uma referência no mercado. Na época, a gestora funcionava como uma espécie de family office, e era responsável pela gestão dos investimentos das três famílias de seus fundadores. 

“Aos poucos, eles foram percebendo que, para atrair talentos, bons analistas e investidores, era melhor uma estrutura onde você tivesse dinheiro de clientes”, lembrou Candido. 

Foi quando Florian e Lemann, em 2002, decidiram criar a Constellation Asset Management. De lá para cá, com muita pesquisa e foco no longo prazo, a gestora cresceu, ganhou clientes, aumentou sua carteira de ativos sob gestão e tem colhido os frutos de ótimos investimentos, provenientes de uma rigorosa estratégia e gestão de realizadas constantemente por um time de excelência, referência no mercado.

Saiba mais sobre a Constellation Asset Management: Acesse aqui

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