Você se lembra da crise econômica de 2008? Ela criou grandes desafios para nações desenvolvidas, como a Grécia e Portugal. Até mesmo os Estados Unidos, país mais rico do mundo, se viu em apuros. Talvez, você esteja se perguntando o que isso tem a ver com educação financeira, e a resposta é simples: tudo. Se a sua casa fosse um país, ela seria uma nação em crise?
Algumas turbulências financeiras são causadas por agentes externos, como uma crise econômica, a falência da empresa que empregava a pessoa ou um imprevisto, como uma grande reforma. Entender que a vida financeira é dinâmica é o primeiro passo de uma educação financeira pessoal eficiente.
Ah! Não se preocupe se você já é adulto e nunca parou para pensar sobre isso, pois nunca é tarde para começar. Educação financeira é para todos, independentemente da renda ou do estágio da vida.
O que é educação financeira?
A educação financeira pode ser resumida como o ensino de boas práticas sobre finanças pessoais e economia. Não é necessário ser um estudante de Economia ou mesmo um especialista em Matemática para conseguir se organizar financeiramente — o que você precisa ter é organização, o que, infelizmente, muitas pessoas ainda não têm.
De acordo com uma pesquisa realizada pela fintech Leve no final de 2021, 52% dos entrevistados não têm ou não sabem fazer um planejamento financeiro. Além disso, 46% afirmaram não saber como criar metas em longo prazo.
Planejar-se financeiramente ajuda a pessoa a evitar decisões emocionais na hora da compra. Por exemplo: você sonha em comprar um carro novo, mas ao ignorar o peso da parcela do veículo no seu orçamento, você corre o risco de comprar um modelo mais caro do que deveria.
As consequências dessa ação levam ao endividamento, à devolução do carro e a perda de todo o dinheiro que foi investido na compra — além do estresse que uma situação assim causa na vida de qualquer um. É por isso que todo mundo que está interessado em aprender mais sobre finanças pessoais precisa entender sobre os 4 pilares da educação financeira!
Quais são os 4 pilares da educação financeira?
- Reconhecer: admitir a situação real da sua vida financeira neste momento.
- Registrar: colocar no papel todos os seus gastos e todas as entradas financeiras da sua vida.
- Revisar: analisar essas informações e compreender a importância delas no seu dia a dia.
- Realizar: tomar decisões depois da revisão, como cortar gastos.
Por que a educação financeira é importante em qualquer fase da vida?
Um estudo divulgado pelo Governo mostra que o interesse dos jovens por assuntos relacionados à educação financeira tem crescido. De acordo com os dados apresentados em uma conferência em 2020, entre os 20 países analisados, o Brasil ficou na 17ª posição na lista de nações com jovens mais engajados nesse assunto.
Pode parecer esquisito perguntar aos adolescentes o seu interesse por finanças pessoais, mas, acredite: quanto antes começar, melhor. Todas as pessoas têm objetivos financeiros em curto, médio e longo prazo, além de sonhos.
Para um jovem, seu sonho financeiro pode ser trocar de smartphone. Para um adulto, comprar uma casa. Para um idoso, ter uma aposentadoria tranquila. Todos esses sonhos têm algo em comum: precisam de educação financeira para saírem do papel.
Além disso, a educação financeira também é importante para o desenvolvimento pessoal de qualquer pessoa. Mais do que ensinar a organizar o orçamento, ela é essencial para a criação de comportamentos mais saudáveis e que impactam tanto o presente quanto o futuro, como autocontrole emocional, organização, disciplina, planejamento e inteligência financeira.
Como começar a estudar educação financeira?
Antes de sair por aí se matriculando em cursos, comece estudando as suas finanças, compreendendo a lógica por trás das principais decisões financeiras que você toma, pois muitas decisões são automáticas. Então, faça o seguinte:
- analise todos os seus gastos;
- entenda se são decisões emocionais, automáticas e racionais;
- elimine gastos que não fazem mais sentido;
- caso façam sentido, negocie por melhores preços;
- crie metas realistas de economia;
- entenda o impacto da inflação sobre o dinheiro;
- invista o dinheiro economizado;
- entenda que cada compra é, na verdade, um pequeno investimento.
O último item da lista acima pode ter causado confusão, mas, preste atenção: quando uma pessoa está com fome e compra uma coxinha, ela está fazendo um investimento. Se a coxinha for ruim, ela vai se decepcionar e se sentir lesada. Se for uma delícia, ela teve um bom retorno sobre o dinheiro investido.
Essa lógica serve para ilustrar os investimentos financeiros que você tanto ouve falar por aí. Aliás, esse é outro tópico importante na jornada sobre educação financeira para iniciantes.
Existem vários tipos de investimentos financeiros. A chamada “renda fixa” oferece produtos com menor risco de perda, mas com possíveis rendimentos menores, a depender da economia. Ela é recomendada para clientes mais cautelosos. Entre os produtos mais populares desse tipo, está o Tesouro Direto.
A renda variável oferece maior possibilidade de ganhos, mas tem maior volatilidade e oscilação. Ela é recomendada para pessoas mais experientes e que não se importam tanto com perdas ou que busquem investimento de longo prazo, de forma que seja possível se recuperar dessas perdas. Um exemplo desse tipo de investimento é o mercado de ações.
É muito importante conhecer as opções de investimentos, porque você precisará colocar o dinheiro que economiza em algumas delas. Deixar o dinheiro parado na conta-corrente é uma péssima ideia, pois ele será desvalorizado pela inflação. A caderneta de poupança, apesar de muito popular, não tem conseguido proteger o dinheiro do processo inflacionário.
Quais são as principais metas de educação financeira?
A principal meta é desenvolver inteligência financeira para dar à pessoa mais controle sobre o próprio dinheiro, ajudando-a a realizar seus sonhos. Contudo, podemos dividi-la em dois grandes objetivos: meta pessoal e familiar.
Meta financeira pessoal
Trata-se dos seus objetivos individuais. Ela não existe apenas para jovens ou solteiros, viu? Por exemplo: fazer uma pós-graduação pode ser a meta financeira pessoal de uma mãe de família.
Meta financeira familiar
Aqui entram objetivos ou necessidades coletivas, que impactam no orçamento familiar, como comprar uma casa, criar um plano de aposentadoria, juntar dinheiro para a faculdade dos filhos etc.
Três dicas básicas de educação financeira
Agora, uma lista rápida com algumas dicas de educação financeira que você pode começar a seguir agora mesmo!
- Cuidado com gurus digitais que prometem ganhos rápidos!
- Estude sempre, pois esse assunto é dinâmico. Use a internet para lhe ajudar nessa missão, como o blog da Icatu!
- Organize seus gastos em um caderno, planilha, app etc. Só não os deixe bagunçados!
Buscar conhecimento é sempre um ótimo investimento do tempo que temos. Por isso, você já está de parabéns por começar a pensar no seu futuro por meio da educação financeira.
Uma boa dica para quem quer ter um futuro mais tranquilo é pensar em uma previdência privada. Por ser um investimento de longo prazo, ela pode ser usada para realizar planos futuros, como a compra de uma casa, pagar a faculdade dos filhos ou um complemento da aposentadoria. Ou seja, você tem liberdade para investir e resgatar da maneira que achar melhor.
A Icatu pode ajudar nisso! Faça uma simulação de previdência privada e dê o primeiro passo rumo a uma vida financeira mais tranquila.