De acordo com o relatório “Raio-X dos Brasileiros em Situação de Inadimplência”, publicado em dezembro de 2023, 8 em cada 10 brasileiros estão endividados. Apesar de os números parecerem preocupantes, é possível fugir dessa estatística e um dos primeiros passos é saber como organizar sua vida financeira. Dessa forma, fica mais fácil manter o controle sobre seu dinheiro e fugir do endividamento.
Porém, essa é uma questão que ainda causa dúvidas em muitas pessoas. É comum não saber por onde começar ou como tomar as melhores decisões. É o seu caso? Então, não precisa se preocupar, pois este conteúdo traz 14 dicas para colocar suas finanças em ordem de uma forma fácil.
Continue a leitura e descubra o que fazer para deixar suas finanças mais organizadas!
Importância de organizar a vida financeira
Ter uma vida plena e feliz envolve cuidados com a saúde física e mental, não é mesmo? Porém, cuidar bem das finanças também tem a ver com o bem-estar. Afinal, ter uma boa relação com o dinheiro ajuda a evitar o chamado estresse financeiro — que surge quando as contas se acumulam e a renda não é suficiente, por exemplo.
Com os cuidados certos, você terá muito mais tranquilidade no cotidiano, e isso se reflete até nos seus relacionamentos, na sua carreira e na própria saúde. Além disso, uma vida financeira organizada é essencial para ter um futuro mais tranquilo, já que é preciso ter bons hábitos desde já para construir patrimônio.
Ainda, a organização nas finanças é fundamental para realizar sonhos e concretizar planos — seja fazer um curso, adquirir um imóvel, trocar de carreira ou garantir a educação dos filhos. É por isso que você só tem a ganhar ao dar a atenção que a sua vida financeira pede!
14 dicas de como organizar sua vida financeira
Após entender a importância de ter uma vida financeira organizada, é o momento de descobrir como conseguir esse resultado. O processo exige dedicação e disciplina, mas é bem mais fácil do que você imagina. Para saber o que fazer, veja 14 dicas para ter uma organização financeira ideal!
1. Avalie sua situação atual
Para começar a organizar sua vida financeira, o primeiro passo é avaliar a sua situação atual. Nesse momento, identifique o quanto você ganha e o quanto gasta por mês, em média. Dessa forma, é possível saber se as suas finanças estão equilibradas ou se é preciso fazer mudanças maiores nos seus hábitos.
Caso seus gastos sejam maiores que seus ganhos, é necessário listar todas as dívidas. Essa etapa é como o diagnóstico de um médico, que precisa avaliar a situação para identificar o problema e indicar o tratamento. Quanto maior for o seu conhecimento do cenário atual, maiores serão as suas chances de tomar boas decisões para usar seu dinheiro da melhor maneira.
2. Aprenda sobre educação financeira
Após entender como está a sua situação, é hora de buscar mais conhecimentos para fazer escolhas melhores e ter a chance de obter os resultados desejados. Sabe como isso é possível? Por meio da educação financeira!
Ao contrário do que parece, isso não significa ser profissional no assunto. Na verdade, a educação financeira tem a ver com a relação que estabelecemos com o dinheiro e o impacto que ele tem em nossas vidas. Ao desenvolver esses conhecimentos, fica mais fácil ter um bom relacionamento com as finanças, evitando problemas no futuro.
Para desenvolver sua educação financeira, a dica é consumir conteúdos que falem sobre a vida financeira. Vídeos, artigos (como este) e até cursos gratuitos são excelentes alternativas. Essa é uma forma de entender conceitos importantes e de saber como cuidar cada vez melhor do seu dinheiro.
Outro ponto para considerar é que desenvolver a educação financeira não acontece de uma só vez, certo? Sempre há o que aprender, então vale a pena transformar essa busca por conhecimento em um hábito. Você ficará cada vez mais consciente da sua vida financeira e de como melhorar essa parte do seu cotidiano.
3. Defina seus objetivos financeiros
Já que a educação financeira é um processo contínuo, é hora de dar o próximo passo para organizar a sua vida financeira: a definição dos seus objetivos. Afinal, sem eles você não tem uma direção para ir, já que não sabe aonde quer chegar, não é mesmo?
Para não correr o risco de não saber qual caminho seguir, a dica é definir objetivos financeiros específicos e que ajudem você a transformar seus sonhos em algo mais concreto. Então, em vez de definir como objetivo que quer “ficar rico”, você pode estabelecer como objetivo alcançar a independência financeira nos próximos anos, por exemplo.
Existem muitos outros objetivos financeiros que você pode considerar, sendo possível selecionar vários deles. Alguns exemplos incluem:
- juntar a quantia necessária para dar entrada no financiamento de um imóvel;
- acabar com as dívidas que pesam no seu orçamento;
- poupar dinheiro suficiente para fazer uma viagem em família ou trocar de carro;
- planejar a aposentadoria para viver com tranquilidade após parar de trabalhar.
Também é importante que os objetivos sejam acompanhados de um prazo para serem concretizados. Isso aumenta a sua motivação e evita que você deixe para começar depois. Com um prazo bem definido, é mais fácil agir para alcançá-los.
4. Crie um orçamento
Após os objetivos estarem definidos, é fundamental elaborar um orçamento, e ele precisa ser real. Mas o que isso quer dizer? Na prática, fazer um orçamento real significa planejar suas finanças com os pés no chão — e com as informações que você coletou lá no primeiro passo.
Por isso, na hora de montar um orçamento é essencial colocar na ponta do lápis o quanto você verdadeiramente gasta, e não o quanto você gostaria de gastar. Divida os recursos disponíveis entre as diversas áreas da vida, considerando as prioridades e as necessidades. Dessa forma, é possível ter mais controle sobre para onde seu dinheiro vai.
Inclusive, você pode utilizar o método 50-30-20, uma das alternativas mais famosas quando o assunto é montar um planejamento financeiro. Ele funciona com base na ideia de dividir o seu orçamento para destinar cada parte a uma área específica. Veja a explicação:
- 50% para necessidades: destine essa quantia para pagar despesas como aluguel, conta de energia, gastos com alimentação e com transporte;
- 30% para desejos: essa parte dos seus ganhos deve seguir para gastos que não são indispensáveis, como atividades de lazer, viagens e compras não essenciais;
- 20% para metas financeiras: use essa quantia para quitar dívidas, montar sua reserva, planejar sua aposentadoria e objetivos semelhantes.
Dependendo do caso, você pode adaptar a regra 50-30-20 para a sua realidade, especialmente no começo. O importante é ter essa visão, dividindo seu dinheiro para atender às diferentes questões do dia a dia.
5. Estabeleça limites para gastos supérfluos
Ao definir como seu dinheiro vai ser usado, é fundamental ter atenção com os gastos supérfluos. Eles são as despesas que não são indispensáveis para o seu bem-estar, mas fazem parte do dia a dia. Quando você compra uma roupa nova ou sai para jantar, por exemplo, esses são gastos supérfluos.
Não é preciso eliminá-los de vez, até porque é importante conseguir aproveitar o cotidiano de acordo com os seus interesses. Porém, é essencial limitar esses gastos para que eles não comprometam sua vida financeira. Com o método 50-30-20, ou mesmo com um teto máximo para o que é supérfluo, ficará mais fácil manter o controle sobre essas despesas.
6. Elimine despesas desnecessárias
Já as despesas desnecessárias são aquelas que não têm um impacto significativo no seu bem-estar, especialmente em longo prazo. Um bom exemplo é a compra impulsiva de um item que estava na promoção, mas que você acaba nem usando. Outro exemplo é quando você contrata diversos serviços de streaming e usa apenas um ou quando paga a mensalidade da academia, mas não vai treinar.
Essas são apenas algumas situações que consomem seu dinheiro e podem afetar a capacidade de organizar as finanças. Por isso, vale a pena passar um pente-fino no seu orçamento e identificar os gastos que não causarão grandes impactos se forem cortados. Dessa forma, já será possível economizar.
7. Evite novas dívidas
Depois de dar os primeiros passos ao montar e seguir o planejamento, você vai conseguir quitar parte do que deve. Porém, como a intenção é organizar sua vida financeira, é essencial ter atenção para não fazer novas dívidas. Para isso, é importante manter o orçamento sempre atualizado e controlar os seus gastos.
Além disso, reflita bastante antes de fazer uma compra. Você realmente precisa disso? Você pode pagar pelo produto ou serviço? Com mais consciência, será possível evitar o chamado efeito bola de neve, que acontece quando você gasta mais do que pode e passa a ter muitas dívidas.
8. Faça uma reserva de emergência
Um truque para evitar o endividamento e manter as finanças sempre organizadas é montar uma reserva de emergência. Essa é uma quantia que o deixa preparado para lidar com imprevistos. Afinal, não tem como saber quando o carro vai quebrar, a casa vai precisar de algum reparo ou quando os filhos vão precisar de remédios.
O ideal é destinar uma parte da sua renda mensal para essa reserva. Se você conseguir juntar o equivalente a seis meses das suas despesas, por exemplo, terá proteção por um semestre inteiro, mesmo que fique sem renda. Porém, é preciso ter disciplina e só usar a reserva em caso de emergências de verdade, certo? Além disso, após usar esse valor, é importante repor a quantia para permanecer protegido.
9. Economize dinheiro
Além da reserva de emergência, é essencial que você comece a poupar dinheiro todos os meses. Para começar, esse é um truque para garantir que você viva com menos do que a sua renda mensal. Além disso, ter disciplina para guardar uma quantia mensalmente é fundamental para realizar diversos planos e alcançar seus objetivos financeiros.
Uma dica é encarar essa economia mensal como se fosse uma conta a ser paga. Logo após receber seu salário, já retire e guarde o valor que você pretende poupar. Dessa forma, você não cai na tentação de gastar tudo e começa a ter hábitos financeiros cada vez melhores. Interessante, não é mesmo?
10. Faça investimentos
Tão necessário quanto economizar dinheiro é saber o que fazer com essa quantia. Por isso, o seu foco deve estar em fazer investimentos. Desse modo, o seu dinheiro passa a trabalhar para você — e os rendimentos ajudam você a realizar diversos sonhos de curto, médio e longo prazo.
Pensando em períodos mais longos, vale a pena investir em Previdência Privada. Como a Previdência Social pode não cobrir todos os seus gastos na aposentadoria, o ideal é se planejar desde já para ter um complemento.
Com a Previdência Privada, o seu dinheiro é investido de acordo com o seu perfil e seus objetivos. Depois, você pode resgatar o dinheiro de uma só vez ou em parcelas, que funcionam como uma renda. Ou seja, ao começar a investir agora, é possível construir um futuro seguro financeiramente, sem dificuldades.
11. Diversifique sua carteira de investimentos
Ao investir dinheiro, é interessante considerar a diversificação da carteira de investimentos. Isso envolve buscar diversas maneiras de cuidar do seu dinheiro e de fazê-lo render.
Para decidir como distribuir o seu dinheiro entre as alternativas, é interessante entender seus objetivos, o quanto você pode investir e quais são seus conhecimentos sobre finanças e investimentos. O truque é não deixar todo o dinheiro em apenas um investimento. Nesse sentido, a Previdência Privada pode ser uma boa opção, já que oferece fundos compostos por ativos diversos.
12. Avalie a necessidade de um Seguro de Vida
Outra dica de como organizar a vida financeira envolve contratar um Seguro de Vida. Afinal, é preciso estar preparado para as diversas situações que podem acontecer no futuro.
Nesse sentido, um Seguro de Vida pode auxiliar a amparar financeiramente você ou a sua família em caso de morte, doença grave ou um acidente que comprometa a atividade profissional.
Assim, caso ocorra algum evento coberto pelo seguro, os beneficiários, que podem ser terceiros ou o próprio titular do Seguro, têm um suporte para manter o padrão de vida, pagar despesas médicas, entre outras finalidades.
13. Atualize seu orçamento regularmente
Além de seguir essas dicas para criar o seu planejamento financeiro, fique de olho para manter seu orçamento sempre atualizado. Afinal, sonhos, metas e até condições podem mudar com o tempo. Se você receber uma promoção no trabalho, por exemplo, haverá mais dinheiro disponível — então, o orçamento precisa ser adaptado para essa nova realidade.
Atualizar periodicamente seu orçamento também é um ótimo exercício para rever prioridades, fazer novas economias e traçar outros planos. Assim, fica mais fácil seguir o planejamento no seu dia a dia.
14. Utilize a tecnologia a seu favor
Para tornar ainda mais fácil a tarefa de organizar o orçamento, use a tecnologia a seu favor. Isso significa aproveitar diferentes ferramentas, desde uma planilha de gastos até um aplicativo de organização financeira. Em vez de fazer o controle no papel, a tecnologia torna a tarefa muito mais rápida e eficiente.
Há muitas ferramentas completas e gratuitas que você pode aproveitar para se manter sempre por dentro dos gastos, receitas e objetivos financeiros. Assim, será muito mais fácil ter uma vida financeira saudável.
Com essas 14 dicas, agora você sabe como organizar sua vida financeira de forma eficiente. Aproveite para testar o que faz mais sentido para a sua rotina e realize as adaptações necessárias. O importante é ser capaz de tomar decisões melhores, construindo desde já um futuro mais seguro e tranquilo.
Quer outras dicas para fazer planos com eficiência? Descubra como começar o seu planejamento financeiro!